Cotidiano

Após impeachment, manifestações são retomadas na Coreia do Sul

SEUL – Manifestantes que pediam a renúncia da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, marcharam neste sábado pela sétima semana seguida, um dia após o Parlamento votar pelo impeachment da presidente e colocar o destino de Park nas mãos de um tribunal composto por nove juízes.

A multidão estimada pelos organizadores em 200 mil pessoas lotava uma grande praça no centro de Seul e era significativamente menor do que nas semanas recentes, porém festiva, com performances musicais entre discursos pedindo a saída de Park.

– Exigimos que o Tribunal Constitucional faça uma decisão de consciência e justiça e não aja contra a vontade do povo – disse em discurso Jung Kang-ja, um dos líderes da coalizão de grupos civis apoiadores da manifestação.

O primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn, que se tornou presidente interino na sexta-feira após a aprovação do impeachment no Parlamento, pediu para autoridades garantirem que as manifestações sejam pacíficas e tentou acalmar as ansiedades sobre segurança nacional e mercados financeiros.

– Até o momento, mercados financeiros e cambiais estão relativamente estáveis e não há sinais de movimentos incomuns no Norte, mas todos os servidores públicos devem ter vigilância em mente ao conduzirem suas funções – afirmou Hwang, durante encontro.

Os poderes de Park foram suspensos após 234 dos 300 membros do Parlamento votarem pelo impeachment, o que significa que mais de 60 membros do seu próprio partido apoiaram a moção.