Cotidiano

Após explicações da Itaipu, Lindeiros devem se reunir com Aneel

 

Foz do Iguaçu – Após ouvir os esclarecimentos do diretor-geral da Itaipu, Marcos Vitorio Stamm, e do diretor financeiro executivo da Usina, Mário Antônio Cecato, sobre as mudanças no repasse de royalties, representantes dos municípios lindeiros e da Amusuh (Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas) agora querem explicações da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). “Saímos satisfeitos com a explicação dada pela Itaipu. Conseguimos visualizar que a lei aumenta o nosso repasse em 20 pontos percentuais está mesmo em vigor, ou pelo menos parte dela, que é calculada sobre a produção de energia da usina, o que falta é a parte sobre a variação do dólar e é isso que queremos discutir com a Aneel, que faz o repasse para nós”, explica a presidente do Conselho dos Lindeiros e prefeita de Mercedes, Cleci Loffi.

De acordo com as informações repassadas pela Itaipu, o aumento do valor repassado relacionado ao ajuste do dólar só deve ser sentido em 2019. “Vamos nos reunir com a Aneel para tirar algumas dúvidas a respeito desse repasse, porque ele é correspondente aos 12 meses anteriores e por isso não está sendo recebido agora. E quando há uma alteração na lei, a Aneel desconsidera o histórico anterior, por isso vamos receber com base no histórico de 2018, que foi quando a lei entrou em vigor”, complementa Cleci. A reunião está agendada para 11 de setembro.

O aumento

A reunião foi solicitada após uma queda de 30% no repasse dos royalties aos municípios sobre a expectativa devido ao aumento do percentual de 45% para 65% aos municípios entrar em vigor.

A presidente do Conselho dos Lindeiros ressalta que, se o aumento do índice não estivesse em vigor, a situação das prefeituras estaria ainda mais complicada. “Essa redução foi por conta de uma queda na produção de energia nos dois últimos meses devido à crise hídrica, isso influenciou diretamente no repasse. Então, se não tivéssemos conseguido esse aumento, o repasse seria ainda menor e nossa situação ficaria muito pior”, afirma Cleci.

Cláudia Neis