Cotidiano

Após decisão de Toffoli, juiz da Operação Custo Brasil revoga prisão de oito

paulo-bernardo-preso.jpgSÃO PAULO ? O juiz Paulo Bueno de Azevedo estendeu a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, que determinou a revogação da prisão preventiva do ex-ministro Paulo Bernardo, a outros sete presos na Operação Custo Brasil. Apenas o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira e Nelson Luiz Oliveira Freitas vão continuar preso, já que há indícios que os dois tentaram combinar uma versão única sobre o caso.

Custo Brasil ? 29/6

Bueno de Azevedo disse que “obviamente irá acatar” a decisão do ministro, mas que descorda do posicionamento do ministro. O juiz afirmou que continua achando que “a expressiva quantia do dinheiro não localizado pode sofrer novos esquemas de lavagem”. Toffoli afirmou que não há elementos no processo que justifiquem a manutenção da prisão preventiva, como uma possível fuga de Paulo Bernardo para o exterior ou o risco de interferência nas investigações e cometimento de novos crimes se colocado em liberdade.

O Ministério Público Federal pediu que, ao menos, eles fossem monitorados por tornozeleiras eletrônicas para evitar a livre circulação dos investigados. O juiz afirmou que a medida não poderia ser cumprida porque o Tribunal Regional Federal da 3ª Região não tem convênio para a prestação do serviço.

“Requereu a proibição de contato com todos os demais investigados e o monitoramento eletrônico.Em relação ao monitoramento eletrônico, é preciso ressaltar que este Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ainda mais em tempos de cortes de despesas, não dispõe de convênio para utilização das tornozeleiras eletrônicas”, afirmou o juiz.

Além de Paulo Bernardo, serão soltos o advogado Guilherme Gonçalves, Daisson Portanova, Dércio Guedes, Valter Correia (ex-secretário de Gestão da Prefeitura de São Paulo), Emanuel Dantas, Joaquim Câmara e Washington Luiz Viana. Eles terão que comparecer à Justiça acada 15 dias, estão proibido de se falarem e não poderão exercer qualquer cargo público. Os investigados soltos terão também que entrar seus passaportes.