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Após ausência da Argélia, técnico de Israel fala em 'discriminação'

goalball israel.jpgRIO ? O técnico da seleção feminina israelense de goalball, Ariel Fuerte, acredita em boicote por parte da Argélia, cuja equipe da modalidade não chegou ainda ao Brasil e perdeu seus dois primeiros jogos na Paralimpíada, para Estados Unidos e Israel, confronto que aconteceria na noite deste sábado, ás 18h45m. Goalball 0909

? Jogamos sem diferenciar religião ou sexo. Isso é espírito olímpico. Quero crer que a história do voo é verdadeira. Mas a sensação que tenho é que houve discriminação ? disparou o treinador.

De acordo com Fuerte, não foi primeira ocasião que uma equipe argelina não comparece a um confronto diante de uma israelense no goalball.

? Em 2003, nos Jogos Mundiais da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), em Quebec, no Canadá, pelo goalball masculino, eles também deixaram de jogar contra a gente. Há quatro meses, novamente pela categoria masculina, estávamos em um torneio amistoso na Eslovênia e chegamos à final. Eles seriam os adversários, mas quando souberam que estávamos na decisão, foram embora ? relatou.

Por causa da ausência, a Argélia foi desclassificada da competição, neste sábado.

? Estar em uma Paralimpíada é espetacular, ainda mais em um lugar como o Brasil, onde fomos muito bem recepcionados. É uma situação muito chata, principalmente para o público, que veio ver o jogo ? lamentou Fuerte.

Apesar das declarações do técnico israelense, o diretor técnico nacional da Argélia, Zoubir Aichaine, garantiu que a questão não é política, mas apenas um acaso desencadeado pela perda de um voo.

Assim como na partida cancelada diante dos Estados Unidos, que aconteceria nesta sexta, a organização promoveu na quadra da Arena do Futuro uma experiência de goalball com torcedores.