Se no Brasil afora a Previdência tira o sono de gestores, em Cascavel a situação é muito mais confortável. Com o uso de recursos em aplicações em investimentos bancários, o IPMC (Instituto de Previdência do Município de Cascavel) consegue aumentar o rendimento e hoje acumula um saldo positivo de R$ 320,6 milhões divididos em 27 fundos diferentes. Há três anos havia R$ 247 milhões, aumento de R$ 74 milhões.
O montante representa uma segurança aos 2,5 mil aposentados e pensionistas e aos 9,6 mil servidores ativos que ontem receberam a nova sede administrativa do Instituto, com 590 metros quadrados.
A reforma do antigo depósito da merenda escolar custou R$ 606 mil – verba originária de uma ação ganha contra o extinto Banestado.
Depois de dois anos e quatro meses à frente da presidência do IPMC, Alcineu Gruber vê um antigo sonho do funcionalismo público se tornar realidade: uma sede própria com atrativos que garantem humanização aos que se dedicaram ao funcionalismo público. “Temos uma estrutura referência para institutos previdenciários de todo o País, com salas de investimento para discutirmos as aplicações e cuidarmos do futuro dos servidores. Também implementamos salas para cursos de computação, aulas de inglês, xadrez e artesanato. Essa é uma segunda casa dos servidores ativos e inativos”, declarou Alcineu.
O prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) ficou emocionado ao avaliar o desempenho de Gruber no IPMC e também sua trajetória política. Ele foi indicado a assumir a Coordenadoria Regional do governo do Estado. “Gruber enfrentou um grande desafio. O dinheiro do IPMC não pode servir de manobras. O simples fato de zelar das aplicações e não fazer especulações de interesses alheios levou a um rendimento fantástico”, enfatiza Paranhos.
2,1 mil servidores afastados
Cascavel tem hoje 2,1 mil servidores afastados – a maioria por licenças médicas. Constam ainda na atual administração 1,2 mil processos administrativos. O prefeito Leonaldo Paranhos criticou ontem funcionários públicos que não desempenham adequadamente as funções e afirma que a produção adequada dos serviços será cobrada. “Cobro produção. Servidor público tem que fazer sua parte. Tivemos que abrir muitos processos administrativos, tivemos roubo de peças, combustível, desvio de mercadorias e isso não posso admitir”, afirma o prefeito, que declarou total apoio aos “bons servidores”.
Reportagem: Josimar Bagatoli
