Economia

Analistas aumentam pela 6ª semana seguida projeção da inflação

A estimativa para o índice em 2022 continuou em 3,49%

Analistas aumentam pela 6ª semana seguida projeção da inflação

Brasília – Os economistas do mercado financeiro aumentaram, pela sexta semana seguida, a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2021. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nessa quarta-feira (17) pelo Banco Central, mostra que a projeção para o IPCA deste ano passou de alta de 3,60% para 3,62%. A estimativa para o índice em 2022 continuou em 3,49%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2021, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50% e a de 2023, 3,25%, com a mesma margem de 1,5 ponto de tolerância.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Os analistas reduziram a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) este ano, de alta de 3,47% para elevação de 3,43%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a previsão de expansão de 2,50% na atividade econômica.

Os economistas seguem prevendo alta na Selic em 2021. Em janeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central fez sua primeira reunião do ano e manteve a taxa básica de juros em 2% ao ano.

A expectativa do mercado para a taxa no fim deste ano passou de 3,50% ao ano para 3,75%. Para o fechamento de 2022, a projeção foi mantida em 5% ao ano.

Na reunião de janeiro, o Copom preparou o terreno para uma possível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado forward guidance (ou prescrição futura, na tradução do inglês).

Adotado em agosto de 2020, o forward guidance era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação para o consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia.