Cotidiano

Amigos criam vaquinha para ajudar em enxoval de casal que teve filho sem saber em Curitiba

Casal de refugiados venezuelanos precisa de ajuda com enxoval para a pequena Launa

Amigos criam vaquinha para ajudar em enxoval de casal que teve filho sem saber em Curitiba

Amigos e colegas de trabalho criaram uma vaquinha on-line para ajudar o casal venezuelano Carlos Itamar Talles Rodrigues, de 32 anos, e Niurka Sarai, de 29, que teve uma filha de forma inesperada no último sábado (10), no Hospital do Trabalhador (HT), em Curitiba. A intenção é arrecadar fundos para compra de fraldas, berço e também levar os refugiados a uma residência melhor, já que atualmente moram em um imóvel de apenas um cômodo.

Carlos mandou uma foto após o parto para o patrão, o empresário João Paulo Roberto, proprietário da empresa de paisagismo Acer Haus. Em seguida a imagem, ele afirmou que a segunda filha tinha acabado de nascer. “Nós fomos completamente pegos de surpresa. No sábado ele me mandou uma foto de um bebê no grupo da empresa e aí ele contou que a esposa tinha tido um filho. Como assim?”, questionou João.

Carlos afirmou que até percebeu a barriga da esposa um pouco maior, mas o casal não acreditava em gravidez. “Olha, eu até falei há um mês pra minha esposa que a barriga dela estava estranha, maior, mas ela me garantiu que não sentia nada, então seguimos a vida, porque não deu tempo de procurar um médico e realmente a barriga não estava muito grande. Então, hoje pela manhã, a bolsa estourou e a gente foi correndo para a unidade de saúde”, contou.

Precisam de ajuda
Launa Sarai nasceu com 3,3 kg, na manhã de sábado (10), e a mãe Niurka teve alta nesta segunda-feira (12). Segundo João Paulo, o funcionário tem uma história de vida de muita luta. “Ele trabalhava em uma farmácia na Venezuela, tinha uma vida confortável, mas pela crise toda a família teve que abandonar o país. A mãe da esposa morreu de câncer na Venezuela e a esposa não conseguiu nem ir ao enterro. O pai dele trabalhava no Ministério da Educação na Venezuela e hoje vende geladinho em Manaus”, descreveu.

Agora, a intenção de João e os colegas de empresa é ajudar. “A gente já ajuda ele desde que entrou na empresa, com roupas, cesta básica e tudo mais. Conseguimos alguma coisa de enxoval e também vamos tentar dar uma moradia mais decente pra ele. Por enquanto, o casal não tem berço, espaço e nem nada. Não cabe absolutamente nada no cômodo”, afirmou

O dinheiro da vaquinha ficará a cargo dos colegas de Carlos, que irão repassar e prestar contas de tudo o que foi gasto. Para acessar a vaquinha clique aqui.