NOVA YORK – Um dia após a advogada brasileira Fabíola Bittar de Kroon ser a única vítima fatal do acidente de trem em Nova Jersey que feriu outras 114 pessoas, uma testemunha relatou tê-la confortado antes que ela morresse em decorrência dos ferimentos. Em entrevista ao “Good Morning America”, da rede ABC News, Rahman Perkins disse que não abandonaria a vítima. jersey
Na entrevista, Rahman Perkins conta que percebeu que Fabíola estava prestes a morrer na estação de Hoboken (ela foi atingida por destroços espalhados após a colisão do trem contra a plataforma).
? Senhora, eu não vou abandoná-la. Se você morrer, não vai morrer sozinha, estarei com você, junto ? relatou ele.
Segundo ele, por causa dos destroços que voavam pelo ar, as pessoas, dentro e fora da estação, corriam em pânico procurando um lugar seguro.
? Quando todo mundo começou a correr para fora, eu comecei a correr para dentro ? disse Perkins, relatando que decidiu socorrer as pessoas porque “aprendeu com os pais, desde pequeno, a ajudar os outros”. Rahman Perkins
A família de Fabíola viaja nesta sexta-feira aos EUA. A advogada havia deixado a filha de 1 ano na creche e estava na área atingida pelo trem que descarrilhou, deixando 114 pessoas feridas. Os parentes da vítima pretendem trazer o seu corpo de volta ao Brasil, segundo o “Post”. Num perfil público no Facebook, Fabíola diz que era de Santos (SP) e morava atualmente em Nova Jersey, perto de Manhattan (Nova York).
O Consulado brasileiro em Nova York informou que a família de Fabíola é quem está responsável sobre a liberação do corpo da vítima e seu traslado para o Brasil. O órgão da diplomacia ainda informou que não vai detalhar quando os familiares da vítima chegarão aos EUA, por respeito a eles.
Segundo o portal G1, a mãe da vítima relatou que ela estava nos EUA há um ano.
“A minha filha estava lá procurando uma nova casa para morar com o marido e com a filha. O que posso dizer é que agora fica um vazio. Ainda é tudo um choque para a nossa família. O meu marido nem consegue falar”, disse, citada pelo portal.
O marido de Fabíola, que é holandês, estava fora da cidade e a filha do casal se encontrava em uma creche. Ela era advogada especializada em legislação brasileira, lei corporativa, negociações contratuais e indústria de consumo de bens, além de administração (Colaborou Henrique Gomes Batista).