Cotidiano

Americana bate recorde por visitar todos os países em menos tempo

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RIO ? A aventura de Cassandra De Pecol, de 27 anos, começou no dia 25 de julho de 2015, na pequena República de Palau, e se encerrou semana passada no Iêmen, no dia 2 de fevereiro. Em 18 meses e 26 dias, a jovem americana visitou 196 países, incluindo todos os 193 estados soberanos, além de Taiwan, Kosovo e Palestina. Com a conclusão do projeto ?Expedition 196?, Cassandra se tornou a primeira mulher a documentar uma volta ao mundo, além de ser a pessoa a visitar todos os estados soberanos em menos tempo.

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O recorde anterior era de um professor americano chamado Yili Liu, que levou três anos, três meses e seis dias para visitar todos os países soberanos.

O gosto por viajar vem desde a juventude, em Connecticut. Em sua primeira aventura, pouco depois de completar 20 anos, Cassandra visitou 25 países, esticando uma verba inicial de US$ 2 mil até o limite. Para economizar, chegou a dormir em estações de trem. Dar uma volta ao mundo era um plano desde o período escolar. Alguns anos atrás, ela se mudou para Los Angeles e, com empregos massantes, se perguntou:

? Se eu pudesse fazer algo no mundo, o que eu faria? ? disse a jovem ao site Seeker. ? A resposta: visitar cada um dos países.

Assim surgiu o Expedition 196. Após um ano e meio de planejamento, juntando dinheiro e buscando por apoios e financiadores, Cassandra partiu em sua viagem ao redor do mundo. Além do prazer em conhecer novos lugares, a jovem tentou espalhar pelo mundo uma mensagem de proteção ao meio ambiente e promoção do turismo sustentável. Em alguns dos países visitados, ela plantou árvores que simbolizavam a cultura local, e realizou 47 palestras, em 38 países. A expedição também contribuiu para o estudo sobre o impacto do micro-plástico no meio ambiente. Em alguns países visitados, Cassandra coletou amostras de água, que foram enviadas para pesquisadores nos EUA.

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A primeira dificuldade encontrada por Cassandra foi conseguir vistos para todos os países. Ao longo da viagem, a jovem também enfrentou alguns problemas. Ela contou ter sido detida em algumas oportunidades, por suspeitas de ser jornalista, espiã ou traficante de drogas. No Peru, o táxi em que ela estava foi assaltado e, na Coreia do Norte, um soldado olhou para ela e disse: ?nós vamos destruir vocês?.

No Bahrein e na Líbia, Cassandra foi detida porque autoridades suspeitaram que ela seria funcionária da CIA. Em Granada, policiais a levaram para interrogatório por suspeitarem que ela estaria traficando drogas.

? Outras vezes eles pensavam que eu era jornalista por causa do tripé preso ao lado da minha mochila e do meu equipamento fotográfico ? disse ela.

A aventura de Cassandra De Pecol

Em dezembro, ela esteve em Cuba e, durante uma viagem de táxi entre o aeroporto e o hotel, percebeu que tinha apenas US$ 20. Cartões de crédito americanos também não eram aceitos.

? Como eu pagaria o motorista? E depois o hotel ? contou Cassandra.

Ela tentou um caixa eletrônico, sem sucesso. Em pânico, ela sentou no meio fio e começou a chorar. Então, o motorista do táxi, que se apresentou como Dago, se aproximou e disse: ?Eu tenho três filhas e odiaria que elas estivessem na sua situação. Que tal eu te levar para a minha casa? Você pode passar a noite lá e resolver tudo amanhã?.

? Desconhecidos em todo o mundo querem te mostrar quão gentis e prestativos eles são ao te receberem em seus países ? disse Cassandra.