AMATRICE, Itália ? Uma das cidades mais afetadas pelo terremoto que devastou a região central da Itália, Amatrice corre o risco de ficar isolada no momento em que mais precisa de ajuda. Uma das diversas réplicas dos tremores causou danos às duas pontes essenciais para acessar o povoado. O prefeito da cidade, Sergio Pirozzi, adverte que, se não forem abertos novos caminhos rapidamente, Amatrice poderá ficar inalcançável para as equipes de emergência e os veículos que devem transportar os corpos das vítimas fatais do abalo. italia2608
? Com as réplicas de ontem, e especialmente desta manhã, a situação piorou consideravelmente ? disse Pirozzi a repórteres. ? Temos que nos assegurar que Amatrice não fique isolada, caso contrário corremos o risco de que não possa chegar ajuda adicional.
A réplica mais forte aconteceu por volta das 06h28 desta sexta-feira. Foi apenas um dos mais de 1 mil tremores subsequentes ao intenso terremoto de quarta-feira. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) indicou que a magnitude foi de 4,7, enquanto o instituto italiano de geofísica mediu 4,8.
Este novo abalo deixou inutilizável uma ponte de acesso crucial para chegar a Amatrice e danificou mais uma. Equipes começaram a retirar árvores para abrir um caminho alternativo à cidade, evitando que seja necessário dar uma volta de cerca de 40 quilômetros em estradas pela montanha. A dificuldade de acesso nesta sexta-feira já reduziu a velocidade das operações de emergência no local.
Amatrice registrou a maioria das mortes provocadas pelo terremoto ? 221 de 281. A pequena cidade medieval fica em cima de uma colina e é conhecida pela sua gastronomia. Pirozzi prometeu reconstruir a cidade como era, e não construir uma cidade nova. A mesma medida foi aplicada em L’Aquila, devastada por um forte terremoto em 2009.
