Cotidiano

Alunos da Clínica Escola iniciam contato presencial com os novos professores

Para manter as condições sanitárias seguras, um cronograma foi montado para que, no momento da retirada das atividades remotas, os alunos possam ter um tempo com a equipe pedagógica, como forma de adaptação

Victor é um exemplo de superação: aos cinco anos, ele já lê fluentemente - Foto: Secom
Victor é um exemplo de superação: aos cinco anos, ele já lê fluentemente - Foto: Secom

Na manhã dessa terça-feira (15), os alunos da Clínica Escola do Transtorno do Espectro Autista – Cetea Juditha Paludo Zanuzzo iniciaram o contato presencial com os novos professores e com o espaço, que, para eles, é novo.

Para manter as condições sanitárias seguras, um cronograma foi montado para que, no momento da retirada das atividades remotas, os alunos possam ter um tempo com a equipe pedagógica, como forma de adaptação.

Segundo o diretor da Escola, Josnaldo Lima Teixeira, a aproximação dos alunos com a equipe é fundamental para que o aluno já esteja familiarizado com a escola e com a equipe no momento em que forem retomadas as atividades presenciais, além de ser uma forma de os profissionais conhecerem as particularidades de cada aluno para a elaboração das atividades remotas. “Os alunos estão vindo de diversas escolas municipais e, após esse primeiro contato, a gente vai conseguir especificar quais atividades vão focar no desenvolvimento de cada criança”, conta.

Estrutura

A Clínica Escola conta com 30 alunos matriculados e uma perspectiva de ampliar o atendimento para até 140 alunos no próximo ano.

Além da promoção da escolarização do aluno com transtorno espectro autista, família e aluno também recebem todo o suporte clínico e terapêutico, com atendimento nas áreas médica, psicológica, fonoaudiológica, fisioterapêutica, terapia ocupacional, nutricional, assistencial e musicoterapia.

Para as famílias que já vivem essa nova realidade, o sentimento é de satisfação, como é o caso da Josiane Fossato, mãe do Victor, de 5 anos, o primeiro aluno a ter o atendimento presencial ontem.

Ela afirma que se sente bastante tranquila de ver o carinho com que foi recebida com o filho e espera colher bons resultados do atendimento mais personalizado às particularidades de cada aluno autista. “O Victor agora tem um atendimento especializado, tem uma professora que o entende e que consegue fazer um atendimento mais individualizado, porque, até então, a gente sempre teve muita dificuldade em função de muita troca de professores, readequações e na adaptação das atividades para as especificidades dele. A gente sabe que agora ele vai ter esse olhar diferenciado”.

Superação

Victor, por sinal, é um exemplo de que o atendimento pedagógico focado na superação das dificuldades e na descoberta de potencialidades do aluno autista é algo fundamental. Com apenas cinco anos, o garoto já lê fluentemente e tem um vasto vocabulário em inglês, porém, ele tem algumas limitações no aprendizado e a mãe relata que ansiava por um atendimento mais individualizado, de forma que as limitações do filho fossem entendidas e trabalhadas.

O diretor Josnaldo lembra que esse é o objetivo da Clínica Escola do Transtorno do Espectro Autista – Cetea Juditha Paludo Zanuzzo, assim como é o objetivo de toda a equipe pedagógica da unidade. “É necessário um olhar diferenciado ao autista como um todo e, na Clínica Escola, as crianças têm acesso a um direcionamento para superarem suas dificuldades e alcançarem um desenvolvimento pleno, que é o que nós almejamos para todas as crianças”, completa.

 

Victor é um exemplo de superação: aos cinco anos, ele já lê fluentemente – Foto: Secom