Cotidiano

Alto índice de infestação põe Cascavel em estado de alerta

O levantamento foi realizado de segunda a quinta-feira em 3.932 imóveis

Cascavel – O Programa de Controle de Endemias, por meio da Secretaria de Saúde apresentou ontem o resultado do primeiro LirAa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti) com um índice de infestação de 6,18% em Cascavel, considerado de alto risco, já que o preconizado Ministério da Saúde é de no máximo 1%.

O levantamento foi realizado de segunda (11) a quinta-feira (14) em 3.932 imóveis, por cerca de 130 agentes. A região Oeste, que contempla os bairros Tropical, Parque Verde, Cancelli, Claudete, Cidade Verde, Novo Milênio e Jardim Piatti foi a que registrou o maior índice de infestação, com 11%, por conta dos 62 criadouros localizados.

Em seguida está a região Sul, que abrange o Aeroporto, Guarujá, Quebec, Santa Felicidade, XIV de Novembro, Padovani, Faculdade e Loteamento Santa Catarina com 9,7% de infestação. Em terceiro lugar no ranking está a região dos bairros Santos Dumont, Pioneiros Catarinenses e Santa Cruz, com 8,3%.

Já os bairros Neva, Parque São Paulo, Maria Luiza, Quartel, parte do Centro e Jardim Acácia tiveram o menor índice de infestação, de 2,7%, mas mesmo assim acima do preconizado.

“É preocupante o resultado e precisamos mudar esse cenário. Para isso, é necessário um trabalho em conjunto entre todos. Voltamos a pedir à população que evite recipientes que possam armazenar água parada, pois hoje não trabalhamos apenas com a dengue, também estamos expostos á febre chikungunya e o zika vírus”, destaca a gerente de Divisão de Vigilância Ambiental, Mariléia Renostro.

Durante o levantamento, os agentes constaram que o maior índice de criadouros foi localizado em lixo e resíduos sólidos, contabilizando 40% de prevalência. Até o momento, conforme a Secretaria de Saúde, Cascavel não teve nenhum registro de caso de dengue no ano, são 106 notificações que passam por análise, quatro casos suspeitos de zika e um de febre chikungunya.

Em 2015, no mesmo ciclo, foram constatadas 30 notificações de dengue e nenhum outro caso registrado, por isso a preocupação. Ao longo do ano passado, foram registrados 269 casos de dengue.

“As condições do tempo também colaboram com o resultado. Estamos aproximadamente 60 dias com chuvas intercaladas com dias quentes e essa combinação é ótima para proliferação do mosquito transmissor, que pode se reproduzir em até dez dias”, acrescenta Renostro.

(Com informações de Eliane Alexandrino)