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Alto-falante anuncia fim da comida na Arena Olímpica do Rio, onde acontecem as provas de ginástica artística

IMG_0093 (1).JPGEm meio à disputa das finais para conjuntos masculinos na ginástica artística, iniciada as 16h, a notícia veio do alto-falante: acabaram-se parte dos lanches. O aviso sonoro informou que lanchonetes estavam com “capacidade reduzida”. Quem quisesse se alimentar, deveria se deslocar para o Parque dos Espectadores, a uma boa distância do local de um dos eventos mais importantes da programação de ginástica dos Jogos. Para voltar, deveriam apresentar o ingresso mais uma vez.

A reportagem do GLOBO esteve nas lanchonetes com capacidade reduzida, que contavam apenas com biscoito, sanduíches e salgados. Segundo as primeiras informações, não teria ocorrido reabastecimento durante a noite. A arena ficou fechada por mais de doze horas, sem competição, mesmo assim, não houve reabastecimento. comida e fila

No domingo, dois casais brasileiros foram ?salvos? por voluntários. Como não haviam produtos nas lanchonetes do estádio de Deodoro, na área de entretenimento da região e na praça em frente à Arena da Juventude, os espectadores imploraram para entrar na praça de alimentação do ginásio do basquete feminino. Ouviram negativas de voluntários e agentes da força nacional. Só portadores de ingressos poderiam entrar no setor.

Após muita insistência, os dois voluntários se ofereceram para comprar algo para eles. No caso, cachorro-quente, único item vendido naquele momento entre uma sessão e outra do basquete feminino. Alguns minutos depois, voltaram com quatro sanduíches para alívio dos torcedores.

? Lá no rúgbi, tinha acabado tudo. Deixamos para comer na área do show da Blitz, mas só estavam vendendo bebidas. Aqui, na praça, também nos disseram que acabou a comida, que tinha estragado uma parte. Não como desde antes das 10h (eram quase 17h). A organização de entrada está boa, mas não dá para ficar sem comida ? disse Denilson Oliveira, servidor público, antes de seguir para o estádio de hóquei sobre grama, agora alimentado.

Nas lanchonetes da área comum entre as arenas da Juventude e o estádio de Deodoro, a explicação foi a falta de água. Segundo funcionários, acabou o abastecimento na área onde os sanduíches são feitos e não havia previsão de retorno.

PLANO EMERGENCIAL

Diante dos sérios problemas, o Rio-2016 lançou um plano emergencial para readequar expectativas e evitar o colapso dos serviços ao público. Como medida preventiva, uma série de itens foram suprimidos do cardápio e o número de pessoas envolvidas no trabalho de distribuição de comida foi ampliado em 10 vezes. A crise de abastecimento e serviços, porém, ainda enfrenta outros obstáculos sem solução. Falta gente para servir ao público e para assegurar que as máquinas decartão de crédito funcionem adequadamente.

O primeiro diagnóstico mostrou falhas de prestadores de serviço, com um volume expressivo de trabalhadores que simplesmente não apareceu. O comitê foi surpreendido com o número ínfimo de pessoas que distribuíam comida pelo Parque: apenas 10. Agora, são cem, dos quais 90 são servidores dos Correios chamados às pressas.

? Fizemos pequenas mudanças nos cardápios, diminuindo a variedade e quantidade de alimentos quentes, que demoram mais. Não faltou comida (no sábado), faltou operação. Deixamos ainda no banco de reservas alternativas de fornecimento de alimentação. Se houver problemas, podemos entrar com novos fornecedores ? afirmou ontem Mário Andrada, diretor de Comunicação do Rio-2016, à imprensa.