O projeto “Insetos Comestíveis: Uma Alternativa para a Nutrição Humana”, desenvolvido por alunos do 3º ano do curso técnico em Meio Ambiente do Ceep (Centro de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto) conquistou o 1º lugar na modalidade Inovação Gastronômica no evento Technovação&Innovacities 2018 realizado no último mês em Cascavel.
De acordo com os estudantes Gabriel dos Santos Zenni, Dayana Cristina Pereira e Gabriela Battisti Bersch, que realizaram a pesquisa sob a orientação dos professores Marcelo Bulla e Sheila Zini, a ideia de inserir insetos na alimentação humana é contestada “por motivações culturais e por falta de conhecimento sobre a questão”.
Para chegarem a essa conclusão, eles buscaram conhecer e registrar a percepção, a aceitação e o conhecimento sobre o assunto. Distribuídos em equipes, analisaram opiniões, coletaram e tabularam dados de 516 alunos do Ceep, por meio de entrevistas com apoio de questionário impresso. De modo paralelo, ocorreu um estudo sobre a criação e a manutenção de insetos comestíveis no laboratório da instituição de ensino pelos mesmos alunos pesquisadores.
Ainda, segundo a pesquisa, o consumo de insetos por seres humanos (entomofagia humana ou antropoentomofagia) pode gerar três tipos de benefícios: social, ambiental e nutricional. No âmbito social pode ser uma alternativa viável de renda e subsistência. No âmbito ambiental, utiliza-se menos água e menos espaço: insetos têm altas taxas de eficiência na conversão alimentar e produzem menos gases de efeito estufa do que a pecuária.
Por fim, em relação à questão nutricional observaram que além de serem considerados animais de baixo risco de zoonoses, insetos são fontes de nutrientes e de proteínas de alta qualidade e podem servir de suplemento alimentar para crianças com má nutrição. A ONU – Organização das Nações estima que dois bilhões de pessoas sejam consumidoras de insetos no mundo.
