Cotidiano

Alimentos ajudam inflação de agosto a desacelerar para 0,44%

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RIO – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial do país, desacelerou para 0,44% em agosto, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. No resultado acumulado em doze meses, a alta foi de 8,97%. Em 2016, o IPCA avançou 0,22%.

Para o mês de agosto, a expectativa do mercado era de que a inflação ficasse em exatamente 0,44%, segundo levantamento da Bloomberg News. As projeções variavam entre 0,22% a 0,48%. Já o resultado esperado para doze meses era de 8,98%, com taxas entre 8,73% e 9,03%.

A alta de preços de alimentos desacelerou de 1,30% em julho para 0,30% em agosto e foi a principal influência para a taxa menor da inflação no mês. Batata-inglesa e feijão carioca registraram deflação de 8% e 5,60%, respectivamente, e foram as principais contribuições.

GRÁFICO – IPCA mês a mês

Os preços de hotel avançaram 11,58% em agosto, pressionando o grupo despesas pessoais. O movimento foi provocado pela alta de 111,23% de hotel no Rio de Janeiro, por causa da Olimpíada. O grupo despesas pessoais foi a principal pressão na alta de preços em agosto, com alta de 0,96% e impacto de 0,10 ponto percentual.

A inflação brasileira vem desacelerando ao longo do ano, com taxas acumuladas em doze meses inferiores ao fechamento do ano de 2015, que foi de 10,67%. O resultado do ano passado foi o maior desde 2002, quando o IPCA ficou em 12,53%.

GRÁFICO – IPCA acumulado no ano

O desempenho de 2016, no entanto, tem sido fortemente pressionado pelos preços de alimentos. Apenas no mês de julho, o grupo de alimentos e bebidas respondeu por 65,38% da alta de preços. Nos doze meses até julho, a inflação de alimentos subiu 13,58%, enquanto o IPCA geral avançou 8,74%. Em julho, a taxa geral ficou em 0,52%, acima dos 0,35% de junho. No resultado acumulado em doze meses até julho, a alta ficou em 8,74%.