BELO HORIZONTE – Alexandre Kalil, que disputa o segundo turno contra João Leite (PSDB) em Belo Horizonte, se filiou ao PHS pelas mãos e a convite do deputado federal Marcelo Aro, presidente estadual da legenda. O ato se deu em março, com os dois posando para fotos. Aliado de primeira hora do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Aro, depois que o amigo entrou no limbo político, anda sumido. Desde o início da campanha, ele não aparece em evento público ao lado de Kalil e nem nos programas eleitorais de TV e rádio.
O forte vínculo entre Aro e Cunha atingiu a imagem do deputado mineiro. Ele foi o autor, como vereador de Belo Horizonte, da proposta que concedeu título de cidadão honorário a Cunha, honraria concedida no início de 2015. A Câmara estuda cassar a homenagem. Aro estava sempre próximo a Cunha, até fisicamente. Quando o então presidente da Câmara anunciou a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, em dezembro de 2015, Aro estava ao lado esquerdo de Cunha, pouco atrás, aparecendo nas imagens.
Marcelo Aro não compareceu à sessão que cassou o mandato de Eduardo Cunha, em setembro deste ano, o que favoreceu o peemdebista. O deputado mineiro é também vice-presidente de Ética e Transparência da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF.
Procurado pelo GLOBO na manhã desta sexta-feira, Aro disse que estava numa reunião e que retornaria a ligação em dez minutos, o que não ocorreu. Foi feita outra tentativa de contato, sem sucesso. A reportagem enviou uma mensagem ao presidente do PHS mineiro, mas também não obteve retorno
