Informe epidemiológico da Sesa (Secretaria Estadual da Saúde), divulgado ontem, chama atenção para um detalhe importante na prevenção da dengue. O Serviço de Alerta Climático da doença, elaborado pelo Laboratório de Climatologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) indica risco médio de proliferação do mosquito Aedes aegypti em Cascavel.
Conforme o enfermeiro da 10ª Regional de Saúde de Cascavel, Daniel Loss, isso significa que há condições ideais para que as larvas se transformem em mosquito, e consequentemente, ocorra a aparição de novos casos. A pesquisa da UFPR é semanal e avalia a umidade relativa do ar e a temperatura local. “É mais um instrumento que auxilia no monitoramento da infestação do mosquito”, diz.
O período é de alerta, apesar das temperaturas estarem mais amenas por conta do outono. “Nesta época do ano, enfrentar uma epidemia é mais difícil, mas não é descartável. Nos últimos dias tem chovido bastante e os criadouros que estavam secos, agora podem desenvolver o mosquito, e talvez novos casos da doença”, explica Loss.
Números
Em Cascavel, a Sesa confirma 24 casos de dengue, 21 deles autóctones e três importados, além de 347 notificações. Já na área de abrangência da 10ª Regional de Saúde, que envolve 25 municípios, são 63 casos da doença – 59 autóctones e quatro importados -, e outras 758 suspeitas.
