Cotidiano

Alemanha abre investigação contra o Facebook por incitação ao ódio

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RIO – A justiça da Alemanha anunciou nesta segunda-feira a abertura de uma investigação por uma denúncia de “incitação ao ódio” contra o criador do Facebook Mark Zuckerberg por falta de cooperação de sua rede social contra os comentários racistas.

A investigação, que está em uma fase preliminar, pretende “examinar se é possível identificar uma atuação penalmente repreensível e se o direito alemão pode ser aplicado” neste caso, afirmou à AFP o porta-voz da Promotoria de Munique, Florian Weinziel.

A investigação foi iniciada para examinar o fundamento de um eventual processo judicial por “incitação ao ódio” após a apresentação de uma denúncia neste sentido por um advogado alemão da Baviera, região de Munique, Chan-jo Jun, contra Zuckerberg, explicou o porta-voz.

De acordo com o advogado, que recebeu com satisfação a iniciativa judicial, a investigação preliminar afeta Mark Zuckerberg e outros nove executivos do Facebook.

O governo alemão já advertiu em várias ocasiões o Facebook e outras redes sociais por sua excessiva tolerância em relação a usuários que expressam posições racistas ou antissemitas.

No último dia 5, porém, poloneses identificados com partidos de direita protestaram na capital do país, Varsóvia, contra o que chamam de ?censura? do Facebook: a plataforma bloqueou páginas e perfis de usuários nacionalistas de extrema-direita alguns dias antes do Dia da Independência, no dia 11, data em que grupos extremistas frequentemente entram em confronto com a polícia.