Saúde

Ainda não falta oxigênio em hospitais do Paraná, mas aumento de casos preocupa

Ainda não falta oxigênio em hospitais do Paraná, mas aumento de casos preocupa

Diferente do Estado do Amazonas, o sistema de saúde ainda não entrou em colapso e por conta disso não há casos de falta de oxigênio para tratar pacientes com covid-19 segundo informou na manhã desta sexta-feira (15) a Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná. No entanto, é preciso ter cuidado o aumento de casos no Estado.

“Não há relato de hospitais com dificuldade de abastecimento de oxigênio, e estamos continuando com o atendimento à população sem maiores problemas”, afirmou o presidente da federação, Flaviano Ventorim.

A falta de oxigênio nos hospitais é um dos principais problemas do colapso do sistema de saúde do Amazonas. Sem o insumo, pacientes internados com covid-19 estão sendo transferidos para outros estados.

De acordo com Ventorim, a situação logística do Paraná é mais segura, pois a região Sul tem mais fornecedores de oxigênio para uso nos hospitais.

No entanto, o presidente da federação das Santa Casas alerta que é preciso ficar atento a um eventual aumento de casos. “Obviamente o que a gente ainda tem que ter cuidado com os surtos e aumento abrupto no número de casos. A covid-19, pela velocidade de transmissão, causa alguns riscos de logística, como no começo da pandemia aconteceu com máscaras, e agora, em alguns lugares, é o oxigênio “, disse.

A Sesa (Secretaria Estadual da Saúde) do Paraná informou que estuda internamente a possibilidade de enviar oxigênio para o Amazonas.

Segundo os dados do boletim divulgado pela Sesa na quinta-feira (14), o Paraná tem 120 mil casos ativos de covid-19 e 2,6 mil pessoas internadas com a doença ou suspeita de coronavírus.

Desde o início da pandemia, segundo a Sesa, o Paraná teve 488.801 diagnósticos e 8.902 mortes por covid-19.

‘Insumo fundamental’

De acordo com o presidente da Femipa, o oxigênio é um insumo fundamental para o tratamento da covid-19, pois é usado inclusive em pacientes internados em leitos clínicos.

“Os hospitais aprenderam a lidar melhor com a doença, e ele é usado em quase todas as etapas do tratamento. Então esse aumento de consumo aconteceu porque faz parte mesmo do tratamento de todos os pacientes internados”, afirmou.

Internamentos

Dos 2.655 pacientes internados com suspeita ou diagnóstico de covid-19, 1.160 pacientes estão internados em UTI (Unidades de Terapia Intensiva) e 1.495 em leitos de enfermaria.

Veja a seguir os internamentos divididos em casos suspeitos e confirmados:

  • 488 estão na UTI com suspeita da doença;
  • 803 estão em leitos clínicos com suspeita da doença;
  • 672 estão na UTI com diagnóstico da doença;
  • 692 estão em leitos clínicos com diagnóstico da doença.

Já em relação aos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) exclusivos para o tratamento da Covid-19, a taxa de ocupação se encontra da seguinte forma, no estado:

  • 81% dos 1.193 leitos de UTI adulta;
  • 58% dos 1.761 leitos de enfermaria adulta;
  • 36% dos 22 leitos de UTI pediátrica;
  • 50% dos 34 leitos de enfermaria pediátrica.

Sobre os leitos de UTI para adultos, os hospitais que ficam na macrorregião Leste apresentam a maior taxa de ocupação. Isso representa maior lotação em instituições da região de Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava e Litoral.

Veja abaixo a ocupação deste tipo de leito, por macrorregião:

  • Leste: 84%
  • Noroeste: 79%
  • Oeste: 79%
  • Norte: 72%

Segundo o presidente da Femipa, a ocupação continua alta, mas os números estão estáveis.

“Estamos conseguindo controlar a situação, diferente do cenário do início de dezembro”, afirmou.

No início de dezembro, o estado tinha 1056 leitos de UTI do SUS para covid-19, com ocupação de 88%.

Fonte: G1 Paraná