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Ágatha e Bárbara reconhecem superioridade alemã e ficam felizes com a prata

RIO – Ágatha e Bárbara são grandes vencedoras e também boas perdedoras. Após a derrota na final para as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst por 2 a 0 (21/18 e 21/14), a dupla brasileira foi humilde e reconheceu a superioridade técnica das adversárias na partida. Apesar do choro intenso após o término da disputa, Bárbara se disse satisfeita com a prata e explicou que as lágrimas foram uma forma de “colocar para fora toda a pressão”.

— Essa prata é muito especial. Por isso que chorei tanto. Fico feliz por saber que trabalho deu resultado. Enfrentamos grande muralhas pelo caminho e vamos olhar para trás com gratidão e sensação de dever cumprido. Tenho muito orgulho do trabalho que a gente fez. Realmente, as alemãs jogaram melhor que a gente e mereceram, porque aproveitaram as oportunidades. Elas sacaram muito melhor que a gente e dificultaram a nossa virada de bola, impedindo a gente de fazer taticamente o que tinha que fazer.

Mais risonha, Ágatha também admitiu que a dupla alemã esteve melhor em quadra e citou a melhora no nível das atletas do vôlei de praia em todo o mundo.

— Não conseguimos colocar em prática nesta final o que tínhamos planejado. O nível do vôlei de praia aumentou muito. Países que não tinham tradição hoje em dia têm duplas que os representam . Elas jogaram muito bem e souberam se manter focadas no que queriam. Mereceram a medalha de ouro, e estou super feliz por ter conquistado essa prata. O caminho para chegar a uma Olimpíada, depois jogar uma final olímpica e ganhar uma medalha de prata é incrível. É tanto suor, tanta dedicação, entrega e abdicação que não tem como não comemorar — vibrou Ágatha.

As duas relativizaram o vento forte que bateu na Arena de Copacabana no início da madrugada sob a teoria de que “quando venta, venta para os dois lados”. Em vários momentos, a bola mudou de direção, dificultando o passe e a recepção.

— De repente entrou um vento do nada. Tínhamos uma estratégia e ficamos na dúvida de mantê-la. O vento dificulta para os dois lados. Por isso que digo que elas mereceram, porque elas souberam jogar com o vento, mas nós não — explicou Ágatha.