Cotidiano

Aftosa: Defesa agropecuária pede conscientização para vacinar

Cascavel – Conscientização do produtor rural. Esta foi a frase-chave do lançamento da campanha de vacinação contra a febre aftosa realizada na manhã de ontem em Cascavel.

Para o presidente do Sindicato Rural Patronal, Paulo Orso, o produtor está consciente, mas precisa elevar seu nível de conscientização, lembrar que, além de vacinar, precisa ele mesmo comprovar a imunização nas sedes da Adapar (Agência de Defesa de Defesa Agropecuária do Paraná) ou nos seus escritórios regionais.

A campanha que começou ontem deverá imunizar em todo o Paraná 9,4 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades, sendo quase 1 milhão de cabeças somente na região oeste. O Estado caminha para se tornar área livre da doença e sem vacinação, previsto para 2021.

Para o produtor Jaime Frare, este status é esperado com muita ansiedade: “Esta segunda etapa da contempla de vacinação anual representa uma luta de diversos anos para sermos livres da aftosa sem vacinação [hoje o Paraná é área livre, mas com a imunização]. Estamos ansiosos por isso porque este anúncio vai abrir mercados e valorizar a nossa carne”, avaliou.

O veterinário Juliano Moura, da Adapar, lembra que o Paraná está em um bloco que vai passar pela auditoria do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) chamado de Centro-Sul, que engloba além do Sul, os estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. “Queremos tirar a vacina em 2022, mas vamos trabalhar para antecipar isso. Pedimos isso, mas dependemos que o Mapa aprove. O Paraná só sai da vacinação se o bloco inteiro sair, ele não pode deixar sozinho. Mas tudo depende desse trabalho a ser feito”, reforça.

As vacinas podem ser adquiridas nas casas veterinárias a um custo aproximado de R$ 1,50 por dose e a imunização deve ser feita até o dia 30 deste mês. Quem não imunizar e não comprovar à Adapar será fiscalizado, vai pagar multa de R$ 100 por cabeça e terá de fazer a imunização assistida.