Cotidiano

Aeroporto Regional: interesse do governo renova esperanças

Governadora promete se posicionar sobre desapropriação em 15 dias

Cascavel – Uma ligação do secretário de Desenvolvimento Urbano Silvio Barros ao presidente da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Edson de Vasconcellos, domingo, pode indicar um importante passo à infraestrutura e ao desenvolvimento regional.

Na semana passada, durante a visita da governadora Cida Borghetti a Cascavel, membros da diretoria do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento) pediram que ela analisasse o projeto para a desapropriação da área para o Aeroporto Regional no Distrito de Espigão Azul, entre os municípios de Toledo, Cascavel e Tupãssi. A documentação havia sido entregue ao ex-governador Beto Richa, mas sem resposta.

Cida se comprometeu em fazê-lo e domingo, três dias após o encontro, a ligação de Silvio Barros foi um desses encaminhamentos. O secretário queria entender melhor alguns detalhes e esclarecer dúvidas sobre a declaração do terreno, de cerca de 100 alqueires, como de utilidade pública.

A governadora promete vir à região ainda neste mês para trazer a resposta ao pedido. A expectativa é positiva.

Para Vasconcellos, se o posicionamento da governadora for favorável à desapropriação, será um passo fundamental para iniciar um projeto que vem sendo idealizado há décadas e cuja falta tem freado o desenvolvimento de toda a região e alijando de investimentos devido às dificuldades em locomoção de rápido acesso.

Acredita-se que a desapropriação pedida ao Estado não passe dos R$ 30 milhões. Para se ter uma ideia, a duplicação de 3,2 quilômetros da BR-277 em Cascavel, do Trevo Cataratas ao posto da Polícia Rodoviária Federal, custou R$ 60 milhões. “Acredito que com R$ 30 milhões possa ser feita a desapropriação. Não adianta falarmos quanto custa a obra toda neste momento, para nós, o mais importante é conseguir a desapropriação da área que já tem decreto de utilidade pública, depois vamos nos unir para conseguir a pista, o restante da infraestrutura e colocar tudo para funcionar em dez ou 12 anos”, reforça Edson, ao lembrar que, colocar o projeto do Aeroporto Regional para andar não decretaria, nem de longe, o fim das atividades no aeroporto de Cascavel, muito menos a inoperância da estrutura de Toledo, que vai ganhar um voo comercial diário a partir de setembro. “Esse é um projeto de desenvolvimento para dez ou 12 anos, mas que precisa começar a sair do papel, precisa acontecer”, reforçou.

Como a base área aérea prevista em um projeto anterior não vai mais ser incluída à edificação, o projeto está sendo reformatado e o valor total da obra também não está dimensionado. “Não precisamos pensar no aeroporto pronto neste momento, mas na conquista de cada uma das etapas. As informações sobre preço e tempo confundem as pessoas, então vamos conquistando aos poucos algo que já se fala há décadas”, afirmou, ao lembrar que a região de Cascavel e Toledo está perdendo passageiros para Foz do Iguaçu diariamente.

O governo do Estado disse que está analisando o processo e que vai se posicionar em alguns dias.

Área já está definida

Há cerca de um ano, os prefeitos de Cascavel, Leonaldo Paranhos, de Toledo, Lucio de Marchi, e de Tupãssi, Ito Caeiro, firmaram o compromisso de tornar de utilidade pública uma área que fica na divisa dos três municípios. O terreno fica próximo à PR-486, a quase 20 quilômetros de Cascavel. O espaço une as características consideradas ideais para um aeroporto.

A previsão inicial é de a pista tenha 2,5 mil metros e o pátio vai contar com o estacionamento de aeronaves, rádio farol, terminal aeroviário, estacionamento de veículos e hangares.