Cotidiano

Aécio minimiza resultado de BH sobre seu futuro político

20161030_120150.jpgBELO HORIZONTE – O presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), votou no final da manhã em Belo Horizonte e minimizou o impacto de uma eventual derrota de seu candidato no pleito – João Leite (PSDB) – sobre seu futuro político em 2018. Aécio é colocado como presidenciável tucano, num cenário que está também o governador Geraldo Alckmin. Aécio afirmou que não há conexão entre essa eleição e a presidencial. E que, “cientificamente” o resultado de hoje tem mais impacto na votação para Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas. O tucano afirmou haver uma “aflição” da imprensa com esse vínculo.

– Há uma aflição muito grande por parte dos jornalistas em relação a 2018. Estamos vivendo 2016. E 18 (2018) só vem depois. Vivemos o 2016, o 2017 e depois o 18. Querer tratar, fazer uma conexão direta com 18 com o resultado dessas eleições teriam que estampar nas páginas de amanhã que o PSDB já é o vitorioso nas eleições presidenciais de 18 (por conta do desempenho do partido em todo país este ano). Mas sabemos que não é assim. É preciso trabalhar. Fechadas as urnas é preciso trabalhar as reformas, que nos dediquemos a essa agenda, que vai gerar empregos e estabilidade. Essa é a questão central – disse Aécio Neves, no Colégio Estadual Central, onde votou e acompanhou o voto de João Leite.

Aécio disse que as eleições para prefeitos têm ressonância nas Câmaras e Assembleias.

– Historica e cientificamente as eleições municipais tem uma relação direta com as eleições para o Parlamento, para a Câmara. Isso podemos constatar em todas eleições municipais. O partido que cresce, quase que automaticamente, tem crescimento nas suas bancadas e Assembleia. Isso acontecerá com o PSDB em 2018. Travamos o bom combate. Fizemos uma campanha correta, firme, programática. E teremos uma belíssima resposta no Brasil e em Belo Horizonte – disse o presidente do PSDB.

Aécio ficou incomodado com uma pergunta feita por um repórter a João Leite, referente às críticas que o senador estaria “sumido” de sua campanha. Ele disse, no momento de ser entrevistado, que a pergunta era idiota e que o momento é sério. Antes de entrar no prédio, Aécio foi chamado de “golpista” por um rapaz e uma senhora. Em seguida, o senador foi aplaudido por correligionários.

O senador também atacou o PT e disse que o partido adversários, nas maiores cidades do país, deve administrar, no máximo, duas ou três prefeituras. Ele voltou a enaltecer o desempenho de seu partido em todo o país e disse que o PSDB irá governar o maior número de brasileiros. O senador criticou o PT no estado e na capital mineira. Disse que os petistas apoiam Kalil por “debaixo dos panos”, mas que o candidato do PHS os ignora.

– Nosso maior adversário político, o PT, teve uma votação em Belo Horizonte muito pouco expressiva (Reginaldo Lopes, do PT, recebeu 7,2% dos votos). Agora, vive o mais alto constrangimento, de apoiar por debaixo dos panos nosso adversário (Kalil) e ser renegado por ele. Triste fim do PT em Belo Horizonte e no Brasil – disse Aécio.