Cascavel – Será julgada hoje, no Tribunal do Júri de Cascavel, Giulia Albuquerque, acusada da morte da pequena Maria Clara Zortea, de apenas 6 anos, em 2014. O crime foi praticado em conjunto a mãe da criança, Vanessa Ramos do Nascimento. O julgamento será realizado a portas fechadas, já que o processo tramita em segredo de justiça.
O júri popular de Giulia chegou a ser marcado para março do ano passado, mas foi suspenso após a defesa alegar que ela sofria de problemas mentais. A acusada, no entanto, foi submetida a um exame de sanidade mental que desmentiu a versão.
Vanessa, mãe de Maria Clara, também chegou a ser acusada pelo homicídio, mas um laudo apontou que ela realmente sofre de esquizofrenia paranoide – doença que causa perda de contato com a realidade – e acabou absolvida. Atualmente, Vanessa encontra-se internada no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região de Curitiba.
O homicídio teria ocorrido em março de 2014. Entretanto, só foi descoberto quatro meses depois, quando familiares da criança procuraram a Polícia Civil para relatar o desaparecimento Dela. Detida, Vanessa confessou o crime e indicou o local onde havia enterrado o corpo. A ossada foi localizada em um matagal em Santa Tereza do Oeste.
A morte de Maria Clara teria ocorrido durante um ritual de purificação, segundo confessou Vanessa. Na reconstituição, ela afirmou ter sido influenciada por Giulia, que a teria feito acreditar que a criança estava possuída por um espírito maligno.
De acordo com o Ministério Público, o processo corre em segredo de justiça por envolver a outra filha de Vanessa, irmã de Maria Clara. Ainda segundo a Promotoria, Giulia foi denunciada por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e por meio que reduziu a capacidade de defesa da vítima -, além de crimes de tortura e cárcere privado.
