Cotidiano

Acic inaugura Câmara Técnica

Um encontro na manhã de ontem com a participação de empresários, gerentes e profissionais da área de recursos humanos marcou a inauguração da quarta das câmaras técnicas da Associação Comercial e Industrial de Cascavel. A Câmara Técnica de Relações do Trabalho terá por desafios debater necessidades dos setores organizados, rever a política de direitos e deveres do trabalhador, encurtar o caminho para o diálogo com os atores envolvidos no processo, estabelecer novas políticas nas relações do trabalho e estudar os impactos da legislação de segurança e saúde no trabalho sobre novas formas de contratação.

A câmara é coordenada pelo engenheiro de Segurança no Trabalho Agnaldo Mantovani, que falou sobre aspectos legais e de sua experiência de anos na gestão de questões ligadas às relações trabalhistas. Uma das contribuições pretendidas, de acordo com ele, é por meio do diálogo e do bom-senso contribuir para gerar benefícios que possam alcançar empresas e colaboradores. A visão da câmara é de atuar com credibilidade, eficiência e representatividade e seus objetivos são esclarecer, sensibilizar e capacitar para os assuntos pertinentes à área.

Tema amplo

O tema é amplo e em muitos momentos complexo, por isso ter informações e multiplicar conhecimentos é tão determinante, segundo Agnaldo. O coordenador empregou dados do desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira para falar sobre a relevância das relações do trabalho.

Sebastião informa que o número de acidentes chegaria aos 700 mil por dia no Brasil, com 55 mortes. Conforme Agnaldo Mantovani, posicionamentos extremos em nada contribuem para avanços ao setor e sim o diálogo e as ações francas para a busca de saídas conjuntas e que possam gerar ambientes mais sadios e seguros. Ele citou também sobre responsabilidades, direitos e deveres e disse que todos têm sua parcela de cumprimento de normas e regras estabelecidas.

Reforma

O advogado Joaquim Pereira Alves Jr. também participou da reunião inaugural da Câmara Técnica de Relações do Trabalho da Acic. Ele abordou sobre pontos, dúvidas e questões da nova reforma trabalhista que ainda dependem de decisões definitivas de instâncias da Justiça.

Joaquim alertou sobre desafios e cuidados com falsas expectativas e dos cuidados necessários para evitar prejuízos às empresas e ao trabalhador. Ele citou exemplo do que a morte de um trabalhar na empresa pode representar. Os custos podem chegar a R$ 1 milhão considerando indenizações, despesas administrativas, multas e até possível responsabilidade criminal.