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Abel é apresentado e quer Fluminense ?com alma?

Apresentado nesta sexta-feira como novo técnico do Fluminense, Abel Braga já mandou um recado direto ao elenco tricolor. Disse que o time precisa recuperar a alma, a cara e o caráter se quiser vencer alguma coisa em 2017.

– Venho para buscar algo que está longe do que o torcedor pretende. O time hoje é sem cara, não é o time do Fluminense. Tem que ter caráter, entrega. Foi-se o tempo que isso existia. Acima de tudo precisa de alma e está longe de ocorrer. Já fica o aviso. Vai ter que ter alma, caráter e noção exata do escudo que está no peito, dos troféus que tem no museu – afirmou Abel.

O treinador está em sua terceira passagem pelo clube. Zagueiro revelado pelo Tricolor na década de 70, Abelão comandou o Flu em 2005 e entre 2011 e 2013. Nestes períodos, conquistou os Campeonatos Cariocas de 2005 e de 2012 e o Campeonato Brasileiro de 2012.

Comandou a equipe em 217 partidas, com 114 vitórias, 44 empates e 59 derrotas.

Ao falar dos planos para o time no ano que vem, o treinador disse que o objetivo é formar um Fluminense forte para a próxima temporada.

– A formação do plantel vamos buscar o que é melhor para o clube. A direção não precisa me prometer nada. O que mais quero já me prometeram, que é fidelidade. Eu prometi que ia resgatar essa imagem de campo do Fluminense, um Fluminense forte. Antes de pensar em contratar, precisa pensar um número ideal a disposição que vamos exigir em 2017.

DOR PELA CHAPECOENSE

Na entrevista coletiva, Abel Braga também falou sobre a tragédia da queda do voo da Chapecoense. O treinador disse estar sentindo uma dor muito grande, pois conhecia atletas e o técnico Caio Júnior.

– Essa volta ao clube me faz amenizar a dor que estou sentindo. Ontem (na quinta-feira) fui a Curitiba, fui ver a dor do meu filho no apartamento que ele morava pertencia ao Gil, da Chapecoense. Como vivi quatros anos com o Caio Junior nos Emirados Árabes, relação de frequentar as casas, Josimar foi meu atleta no Internacional. Como aqui se esquecem muitas coisas com rapidez, não podemos esquecer que há um mês perdemos uma das maiores figuras que esse clube já teve, o Carlos Alberto Torres. Só o futebol ameniza um pouco esse momento. Vejam o que o futebol proporciona, O Abad já me deu a entender que depois de tanta dor eu venha trabalhar com o Alexandre Torres. Isso seria muito bom se for confirmado. Não tive palavras para falar da perda do pai, todo esse momento terrível e hoje estou mais aliviado do que no dia da notícia.