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A uma semana da Copa, Rússia se preocupa com racismo e violência

Moscou – A uma semana do início da Copa do Mundo, a Rússia finaliza os preparativos para competição, com a qual espera melhorar sua imagem internacional, abalada por várias crises com os países ocidentais.

Agora que tudo está pronto para o maior evento esportivo do planeta, as maiores preocupações envolvem o racismo e a violência ao redor do torneio. O fenômeno dos "gritos de macaco" voltou a ser registrado nos últimos meses nos estádios do país e muitos recordam as agressões dos hooligans russos durante a Eurocopa de 2016 na França.

O presidente russo, Vladimir Putin, reeleito com grande vantagem em março, faz o possível para evitar incidentes. O governo aumentou as medidas de segurança e pediu aos hooligans, que são monitorados, que não provoquem problemas durante a Copa.

A organização Fare, que luta contra as discriminações no futebol, está preocupada. “Não temos nenhuma certeza a respeito da prevenção de incidentes racistas não violentos, apesar das várias declarações de boa vontade", afirmou a organização britânica, em um relatório.

O governo russo, que nomeou no ano passado uma pessoa para comandar a prevenção contra o racismo, afirma que os turistas, que devem chegar a um milhão durante o evento, serão bem recebidos nas 11 cidades que receberão os jogos da competição.

Nada ajuda

A seleção comandada por Stanislav Cherchesov não venceu nenhuma partida em 2018 e ocupa a 66ª posição no ranking da Fifa, o que pode explicar o ambiente pouco festivo na Rússia, apesar do início iminente do torneio. Em Moscou, alguns moradores com renda suficiente decidiram abandonar a cidade para evitar as irritações provocadas pela competição e a chegada de milhares de torcedores a um país que não está acostumado ao turismo de massa.