Opinião

A farra dos “ex”

Por Carla Hachmann

Há pouco tempo, o Paraná conseguiu (por obra da Justiça, claro!) parar de pagar pensão a ex-governadores e suas viúvas. Eram 11 beneficiários, que recebiam mais R$ 30 mil por mês. Oito ex-governadores: Beto Richa, Orlando Pessuti, Jaime Lerner, Mário Pereira, Roberto Requião, João Elízio de Ferraz Campos, Emilio Hoffman Gomes e Paulo Pimentel. E três viúvas: Arlete Richa, Madalena Mansur e Rosi Gomes da Silva (esta recebe R$ 5,3 mil). Mas foi uma longa peleia até se chegar a isso.

Apesar da “vitória” no Paraná, a situação no País é de ranger os dentes. Os brasileiros bancam uma vida muito confortável dos seus ex-presidentes. Cada um deles tem oito servidores à disposição, conforme prevê a lei.

O colunista Lucio Vaz, da Gazeta do Povo, mostrou (e o Jornal O Paraná repercutiu) esta semana que Lula já nos custou mais de R$ 300 mil desde que saiu da cadeia. E, mesmo nos 580 dias em que ficou preso, os contribuintes continuaram pagando seus assessores e até motorista!

Dilma Rousseff também aproveita bem a mordomia. Ano passado, ela visitou 13 países, gerando uma despesa de R$ 544 mil com 250 diárias e passagens aéreas para assessores. A petista passou 42 dias de férias em Nova York e ainda fez um bate-volta em Sevilha. No total, Dilma custou aos cofres públicos R$ 1,6 milhão, apenas ano passado.

As despesas de seis ex-presidentes somaram R$ 5,9 milhões em 2019. A Presidência ainda comprou 12 carros oficiais “zero” para atender ao presidente da República, Jair Bolsonaro; o vice-presidente, Hamilton Mourão; e os “ex” José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer. Cada veículo custou R$ 108 mil – mais de 100 salários mínimos.

E depois ainda querem cortar o salário mínimo do BPC (Benefício de Prestação Continuada) de quem não consegue mais trabalhar.