Cascavel – O laudo que chegou a ser anunciado pelo Depen (Departamento Penitenciário do Paraná) e que supostamente estava sendo feito pela Paraná Edificações para o levantamento dos danos na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) durante a rebelião de novembro de 2017 não será mais realizado.
Segundo a própria Paraná Edificações, este documento nunca foi solicitado à pasta.
Agora, 75 dias após o motim que deixou um morto, 28 feridos e um lastro de destruição, a própria Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária) está fazendo esta apuração do que precisa ser consertado e quanto será necessário investir para os reparos.
A informação foi confirmada ao Jornal O Paraná pelo Depen, que detalha ainda que os serviços de hidráulica já estão sendo feitos pelos próprios presos e são bancados com recursos do fundo do próprio Depen.
O levantamento em andamento analisa os danos no telhado e na instalação elétrica e o conserto será realizado por uma empresa a partir uma contratação emergencial, sem a necessidade de licitação. Este documento, ainda segundo o Depen, deverá ser concluído até o próximo mês. Nele também constarão as informações sobre o período que a reforma levará. “E os recursos a serem utilizados para isso são da própria Sesp. Neste momento se trabalha na preparação da documentação e em fevereiro teremos novidades”, reforçou a assessoria do Depen.
Ainda sem visitas
O Depen reforça que algumas reformas emergenciais foram realizadas para que os presos pudessem retornar às celas e que eles foram realocados ainda em dezembro, antes do Natal, devido às chuvas, mas o retorno das visitas dos familiares ainda é imprevisível, diante da falta de segurança enfrentada com a debilidade da estrutura. “A assistência e serviços estão normalizados. Ainda não há previsão para o retorno das visitas. A entrega de sacolas com itens de higiene já foi liberada. O acesso de advogados está liberado”, reforçou o Departamento, ao destacar que nesta semana a estrutura abriga 727 presos.
