Cotidiano

27% de alimentos têm excesso de agrotóxicos

Curitiba – O resultado da análise de resíduos de agrotóxicos de alimentos coletados entre 2013 e 2015 no Paraná apontou 105 amostras insatisfatórias das 389 analisadas. As análises mostram quantidade de resíduos de agrotóxicos acima do limite máximo permitido para cada tipo de alimento ou a presença de químicos não autorizados para determinados tipos de cultura. 

“Das amostras analisadas durante todo o período, 27% apresentaram resultados insatisfatórios. Isso deve servir de alerta, pois não há evidências científicas que comprovem ausência de risco à saúde a médio e a longo prazos no consumo de alimentos com esses tipos de irregularidades”, ressalta o chefe da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Costa Santana. 

Os dados fazem parte do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Das culturas analisadas, os tipos de alimentos mais contaminados foram a abobrinha, com 100% das amostras irregulares; a uva, com 87,5%; o morango, com 81%; e o pimentão, com 77,8% dos resultados insatisfatórios. 

Além desses, também foram verificadas irregularidades em cenoura (60%), couve (50%), goiaba (47%), alface (41,7%), tomate (35,7%), beterraba (30%), pepino (27,8%), repolho (20%), banana (18,8%), mamão (17,9%), feijão (12,5%), trigo em farinha (11,1%), manga (10%), batata (8,3%), abacaxi (7,1%), maçã (6,7%) e arroz (5,9%). 

Satisfatórios

As únicas amostras que não tiveram resultados insatisfatórios nas análises realizadas nesses três anos foram as de cebola, laranja e fubá de milho. Em 2016, o programa foi suspenso pela Anvisa e não houve coleta de amostras.