Cotidiano

20ª Marcha: Derrubada de veto sobre ISS depende de prefeitos

Os participantes da 20ª Marcha de Prefeitos a Brasília saíram otimistas da plenária de ontem, realizada na parte da manhã. Em discurso durante o encontro, o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE), confirmou que na próxima semana vai realizar sessão conjunta do Congresso Nacional para analisar vários vetos do presidente Michel Temer, entre eles o relativo ao ISS (Imposto Sobre Serviços), que confiscou das prefeituras algo próximo de R$ 6 bilhões.

“Deixo aqui meu compromisso que na próxima semana, a depender apenas da disponibilidade do plenário da Câmara, a questão do ISS estará na pauta do Congresso”, garantiu ele, observando que é a favor da derrubada do veto, mas que isso depende de ampla mobilização. “A pauta está garantida, agora a votação depende da pressão dos prefeitos aos representantes das duas casas”.

O presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, que intermediou o debate, reforçou a fala de Eunício e pediu que os gestores cobrem seus parlamentares por telefone, e-mail e corpo-a-corpo. “Marchas como essa consolidam o diálogo, fortalecem a democracia e a Federação brasileira”, pontuou.

 

FRENTE

Durante a plenária também foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios Brasileiros, que já conta com as assinaturas de 225 congressistas. Ela será coordenada pelo deputado municipalista Herculano Passos (PSD-SP), que também fez uso da palavra. Segundo ele, a frente será de fundamental papel na articulação das pautas municipalistas no Congresso, uma vez que congregará os parlamentares com interesse de aprovar matérias benéficas aos municípios brasileiros.

URGÊNCIA

Líder da comitiva de prefeitos do Oeste paranaense que foram a Brasília, o prefeito de Matelândia e presidente da Amop, Rineu “Teixeirinha” Menoncin, destacou que é consenso que o governo federal prioriza as reformas estruturais e só vai discutir avanços no municipalismo depois de vencida essa fase. Todavia, disse que há pressa por mudanças. "São os municípios que pagam a conta da maior parte dos serviços públicos e estão à frente das ações de cidadania. E a contrapartida é inversamente proporcional a essa realidade", destacou.