RIO ? O mês passado foi o setembro mais quente já registrado, de acordo com uma análise mensal das temperaturas globais, da superfície terrestre e oceânica, feitas por cientistas do Centro Goddard de Estudos Espaciais (GISS), da Nasa, em Nova York. O deste ano foi apenas 0,004oC mais quente que o segundo colocado, setembro de 2014.
Essa pequena margem pode ser revista no futuro, na medida que os dados mensais de temperatura podem aumentar ou diminuir, retrospectivamente, quando novos relatórios surgirem. Isso põe os dois meses estatisticamente empatados na série de 136 anos de registros mensais de temperatura combinada da superfície terrestre e oceânica. Por exemplo, junho de 2016 foi, inicialmente, relatado como o junho mais quente já registrado, mas foi revisto, em seguida, e colocado para baixo, como o terceiro mais quente. A altas temperaturas de setembro, em comparação com a média de longo prazo, significa que 11 dos últimos 12 meses consecutivos, partindo de outubro de 2015, estabeleceram novos recordes.
A Nasa incluiu dados da Antártida e, assim, a tendência verificada nos últimos 12 meses, de um recorde global atrás do outro, foi, na verdade, interrompida em junho. Em vez de 0,80ºC, ele foi 0,75ºC mais quente que a média entre 1951 e 1980. Portanto, foram nove meses seguidos de recordes ? tendência retomada em julho e agosto, muito mais quentes que seus antecessores. Mesmo assim, 2016 ainda segue sua trajetória inabalável rumo ao alto do pódio de ano mais quente de todos tempos desde o início das medições.
?Com os dados agora disponíveis até setembro, o recorde anual de 2016 (~ 1.25ºC acima do último, no século 19) parece estar fechado?, afirmou Gavin Schmidt, diretor do GISS da Nasa, no Twitter.
