Policial

“Efeito espanta barata”: Sesp pede apoio da PRF

Curitiba – A intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro poderá gerar impactos negativos para o Paraná e outros estados com o chamado “efeito espanta barata”.

A situação gera preocupação em todo o País, segundo o diretor jurídico da Adepol-PR (Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná). “Num primeiro momento, os estados limítrofes que tendem a se preocupar mais com o ‘efeito espanta barata’. Mas numa análise mais profunda, todo o País deve se preocupar com a situação do avanço do crime organizado, para que outros estados não cheguem a situações como a do Rio de Janeiro”, explica.

Segundo o governo federal, as fronteiras do Paraná com o Paraguai terão reforço na segurança para evitar a entrada de drogas no País e também de munição. Já a Sesp (Secretaria da Segurança Pública do Paraná) informou que também está tratando do assunto diretamente com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), além de ter redobrado a atenção para identificar qualquer anormalidade no Estado.

“A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná informa que está tratando do assunto direta e inicialmente com a Polícia Rodoviária Federal do Paraná sobre um planejamento de ações. Além disso, o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná e o Departamento Penitenciário estão com a atenção redobrada para mapear e identificar qualquer anormalidade no sistema prisional”, informou, em nota.

Para a Adepol, o Paraná deve investir mais no combate ao crime organizado e sugere a criação de uma delegacia especializada para isso. “Entendemos que falta isso, principalmente na estrutura da Polícia Civil. Temos a ideia de que o combate ao crime é feito com investimento na polícia ostensiva, mas se não houver trabalho de investigação, não há como conter isso. É preciso investigar a fundo o avanço da criminalidade organizada”, afirma Pedro Felipe, diretor jurídico da Adepol.