O Upton Park não será mais a casa do West Ham depois de 112 anos. De mudança para o Estádio Olímpico de Londres, os Hammers escreveram a última e bela história do local ao derrotarem o Manchester United por 3 a 2, nesta terça-feira, em duelo atrasado da 35ª rodada do Campeonato Inglês. A despedida veio em um jogo sofrido, mas com um final feliz e uma virada espetacular, próximo do fim.
TABELA: Jogos e classificação do Inglês
Com a derrota, os Diabos Vermelhos seguem fora do G4, na quinta colocação, com 63 pontos, dois atrás do quarto colocado, o Manchester City, que fecha a zona de classificação para a próxima Liga dos Campeões da Europa. O United recebe o Bournemouth na última rodada, em Old Trafford.
Já o West Ham é o sexto, com 62, dependendo das próprias forças na última rodada para chegar à Liga Europa. O time pode até beliscar a vaga na Champions, mas a missão é praticamente impossível. Os Hammers teriam que ganhar do Stoke City, fora, torcer para o United não derrotar o Bournemouth e o City não somar pontos diante do Swansea City. Como se não bastasse, o time londrino ainda teria que tirar uma diferença de 15 gols de saldo para os Citizens.
NO JOGO, PURA EMOÇÃO
O primeiro tempo foi em clima de festa para o West Ham. Empolgados pelas bolhas de sabão da arquibancada que simbolizam o hino do clube, os Hammers se mandaram à frente com um entusiasmo descomunal. Logo com dez minutos, Sakho aproveitou cruzamento de Lanzini e completou para a rede.
O West Ham seguiu melhor e mais elétrico. Carrol ficou sozinho para ampliar o jogo. Mas De Gea, com os pés, salvou o Manchester United.
Na etapa final, os visitantes conseguiram o que parecia improvável durante os 45 minutos iniciais: a virada. E duas vezes com Martial. Na primeira, o francês recebeu de Rashford e fez o gol. Na segunda, ele invadiu a área e bateu para o fundo da rede.
Os dois gols do United não tiraram a adrenalina do Upton Park. Em apenas dois lances de bola parada, Antonio empatou, e Reid recolocou o West Ham na frente. Os dois venceram o paredão de Gea pelo alto, de cabeça.
No apito final, uma festa de quase 35 mil torcedores marcados pela emoção, choro e nostalgia, afinal, foram anos inesquecíveis para quem ama o West Ham.