O vice de comunicação do Flamengo, Antonio Tabet, esclareceu a publicação no Twitter do Flamengo na noite do último domingo, que desencadeou uma série de reações e a acusação do Botafogo de apologia à violência. No clássico vencido pelo Flamengo, um torcedor foi morto em meio a uma das diversas confusões do lado de fora do estádio Nilton Santos. Após a partida, ainda sem a confirmação da morte, o perfil do Flamengo provocou o Botafogo.
– Apurei internamente e o “não adianta fugir, não adianta correr” foi postado porque a diretoria do Botafogo teria cogitado o adiamento da partida para uma data quando poderiam jogar com o time titular. E o “Cadê você?” replicou o grito da torcida rubro-negra no estádio, que era maior que a do Botafogo como de hábito – explicou o dirigente, que também é colunista de O GLOBO.
Mesmo como humorista, Tabet afirmou que não é o responsável por todas as publicações engraçadinhas dos posts na ferramenta do clube. Mas concordou que não houve sensibilidade na mensagem após o clássico, em meio ás confusões.
– Ao contrário do que muita gente pensa, não atualizo o perfil do Flamengo no Twitter. O fato de eu trabalhar com humor é um ônus porque muitas vezes acham que há irreverência no nosso trabalho onde não há. Contamos com uma equipe de dezenas de pessoas que, aliás, chegou ontem ao estádio bem antes das confusões.
Todas as comunicações que geraram “polêmica” foram postadas antes da notícia de um óbito confirmado. Os horários estão aí de prova – detalhou o dirigente, completando:
– Ainda assim, se me perguntarem se faltou sensibilidade ao responsável pelo tweet, concordarei. Mas muito pior que isso é a instituição Botafogo fazer uma acusação leviana de apologia, que só acirra ainda mais os ânimos, é irresponsável e ainda mais inconsequente – ponderou o vice de comunicação.
Por fim, Antonio Tabet estendeu a bandeira da paz e clamou por harmonia para o fim dos problemas de violência nos estádios.
– Somos favoráveis à paz nos estádios, mas entendemos que a violência é uma mazela social infelizmente comum em todo país e que não pode ser rotulada como responsabilidade de uma ou outra torcida. Vivemos uma crise de Estado. Espero que as instituições trabalhem em harmonia para acabar com esses problemas – finalizou.