RIO – Com a pentatleta Yane Marques como porta-bandeira, a entrada do Brasil no Maracanã foi um dos grandes momentos da cerimônia de abertura. Ovacionados pelo público, os brasileiros fizeram a festa. Yane rodopiou com a bandeira no desfile, inovando na evolução. O grito “leleleô Brasil!” tomou conta do Maracanã, que ganhou as cores verde e amarelo nos cenários e teto. Por causa do desgaste do evento, a delegação brasileira não estava completa. Cento e oitenta e três dos 450 participaram.
A Grécia abriu o desfile, para honrar o local onde os Jogos nasceram. Assim como a delegação da casa, que sempre surge em último lugar. Já no fim do desfile, o time de refugiados, uma novidade desta edição, também foi muito aplaudida. Assim como Alemanha, Colômbia, Grã-Bretanha e Canadá. Todas as delegações entravam atrás do porta-estandarte, que conduzia o comboio em bicicletas estilizadas.
Quem esteve na festa aplaudiu os Estados Unidos, com Michael Phelps em destaque, como porta-bandeira ? que acabou saindo antes do fim da cerimônia. Também fez festa para a Jamaica, Japão, Itália, México e Portugal.
O público vaiou a Argentina e reagiu com uma espécie de respeito quando a delegação da Rússia, que teve time dizimado por causa do escândalo de doping enraizado no país, surgiu no gramado. Muitos atletas russos carregavam a bandeira presa às costas, em sinal de orgulho pela pátria. O desfile das delegações foi marcado por uma ação em que os atletas podiam colocar uma semente em tubetes com substrato para semear uma árvore nativa do Brasil. Foram 207 espécies diferentes e que serão transferidas para o Parque Deodoro, para a criação da Floresta dos Atletas.
Antes do aguardado acendimento da pira olímpica, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, elogiou a organização dos Jogos e parabenizou brasileiros e cariocas no seu discurso de abertura dos Jogos durante a cerimônia de abertura:
? Caros amigos olímpicos de todo o mundo, sejam bem-vindos aos Jogos Rio 2016. Este é o momento da Cidade Maravilhosa. O Comitê Organizador, as autoridades e todos os brasileiros podem estar bastante orgulhosos hoje. Em sete anos, conseguiram alcançar o que gerações anteriores sonharam. Vocês transformaram o Rio numa metrópole moderna, ainda mais linda.
Bach fez menção especial ao Time Olímpico de refugiados e disse que essa é a resposta do mundo esportivo para um mundo em que as pessoas “se declaram superiores a outras” e onde o egoísmo é crescente.
Já o presidente do Comitê Organizador Rio-2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, fez um discurso de boas-vindas aos estrangeiros e se disse o homem mais orgulhoso vivo durante a cerimôni
Quando agradeceu “aos três níveis de governo” pela ajuda na organização dos Jogos, foi o único momento em que foi vaiado. Em seguida, o público deu fortes aplausos quando ele citou os voluntários.