RIO – A falta de comida em muitas arenas olímpicas leva a situações inusitadas. Na
tarde deste domingo, por exemplo, dois casais brasileiros foram ?salvos? por
voluntários. Como não haviam produtos nas lanchonetes do estádio de Deodoro, na
área de entretenimento da região e na praça em frente à Arena da Juventude, os
espectadores imploraram para entrar na praça de alimentação do ginásio do
basquete feminino. Ouviram negativas de voluntários e agentes da força nacional.
Só portadores de ingressos poderiam entrar no setor.
Após muita insistência, os dois voluntários se ofereceram para comprar algo
para eles. No caso, cachorro-quente, único item vendido naquele momento entre
uma sessão e outra do basquete feminino. Alguns minutos depois, voltaram com
quatro sanduíches para alívio dos torcedores.
? Lá no rúgbi, tinha acabado tudo. Deixamos para comer na área do show da
Blitz, mas só estavam vendendo bebidas. Aqui, na praça, também nos disseram que
acabou a comida, que tinha estragado uma parte. Não como desde antes das 10h
(eram quase 17h). A organização de entrada está boa, mas não dá para ficar sem
comida ? disse Denilson Oliveira, servidor
público, antes de seguir para o estádio de hóquei sobre grama, agora
alimentado.
Nas lanchonetes da área comum entre as arenas da Juventude e o estádio de
Deodoro, a explicação foi a falta de água. Segundo funcionários, acabou o
abastecimento na área onde os sanduíches são feitos e não havia previsão de
retorno.