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Recorde de conexões: Rio-2016 terá quatro vezes mais transmissão de dados que Londres

RIO ? A diferença entre sucesso e fracasso para os atletas na Olimpíada do Rio é definida em centímetros, segundos ou alguns quilogramas. Quando se trata da organização dos Jogos, a ordem de grandeza muda: começa-se a falar de quilômetros cobertos por transporte de delegações, milhares de horas de imagens de TV e toneladas de alimentos e equipamentos de limpeza para servir atletas, arenas esportivas e o público em geral. Links abertura

Os Jogos de 2016, porém, terão um desafio a mais: esta será a Olimpíada mais conectada da História, com uma estimativa de transmissão de dados quase quatro vezes maior do que a registrada em Londres em 2012. É o mundo dos vídeos online, mensagens instantâneas, redes sociais e dos smartphones.

O primeiro teste começa esta noite, na cerimônia de abertura das Olimpíadas com transmissão para 200 países, e um público esperado de cinco bilhões de pessoas. As empresas responsáveis pela infraestrutura de comunicação dos Jogos estimam que hoje, quando começar a festa, no Maracanã, haverá quase duas vezes mais tráfego de dados do que o Super Bowl 50, o maior evento esportivo dos Estados Unidos. Até o fim dos Jogos, serão mais de 18 bilhões de visualizações de páginas dos sites autorizados a cobrir o evento, além de 3,5 bilhões de visualização de vídeos pela internet.

? O Rio-2016 será o evento mais grandioso do Brasil e irá superar todos os eventos esportivos do mundo. Devido à expansão do uso de smartphones, teremos durante os Jogos quatro vezes mais dados do que Londres-2012. Com relação ao comparativo com o Super Bowl, essa é uma estimativa conservadora, uma vez que o Super Bowl registrou 26 mil dispositivos conectados simultaneamente e a capacidade do Maracanã é de 75 mil ? explica Marcello Miguel, diretor-executivo de marketing e novos negócios da Embratel, empresa que, juntamente com a Claro e a Net, é responsável pela infraestrutura de telecomunicações das Olimpíadas.

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Os Jogos do Rio contarão também com um total de 50 mil voluntários, sendo 11 mil deles voltados apenas para esportes. A média é de pouco mais de um voluntário por atleta olímpico.

? Nenhuma área faz absolutamente nada sem entender o que os esportes necessitam. É preciso dimensionar tudo não só para as competições, mas também para treinamentos. Além disso, o transporte de uma modalidade individual pode agrupar atletas de diferentes países juntos, o que é impossível em um esporte coletivo. Todas essas condições vão se multiplicando. Por isso precisamos de tantos voluntários ? explica o diretor-executivo de Esportes do Comitê Rio-2016, Agberto Guimarães.

LIMPEZA

Mas nem só de pessoas se fazem os Jogos Olímpicos. Na limpeza de arenas esportivas e da Vila dos Atletas, por exemplo, serão usados equipamentos capazes de varrer até 110 vezes mais rápido do que a operação realizada por uma pessoa usando uma vassoura. Para se ter uma ideia, é como se a varrição de um apartamento de 150 m², que dura em média 40 minutos, fosse abreviada para míseros 21 segundos.

Se rapidez é a única preocupação de velocistas ou de nadadores, por exemplo, a mesma regra não se aplica à operação de limpeza. Cada instalação requer cuidados especiais, como explica Rafael Ferrari, gerente de marketing da Kärcher, empresa responsável pela operação de limpeza em espaços esportivos nos Jogos.

? Para as quadras, por exemplo, utilizaremos equipamentos que promovem a limpeza e secagem sem abrasão do piso e que não necessitem de produtos agressivos, para não danificá-las. Já para as áreas de piscina não utilizaremos equipamentos de jateamento de água, evitando que quaisquer resíduos sejam direcionados para as piscinas ? afirma Ferrari, que elege o Maracanã como o grande desafio da operação de limpeza.