A proposta de Delle Done de baixar o aro do basquete feminino não é nova. Mas causa polêmica do mesmo jeito. Assim que manifestou o interesse de brigar por uma mudança nas regras do esporte, em março, a atleta foi combatida. Diana Taurasi, uma das maiores estrelas da liga, considerou a ideia ofensiva às mulheres: “Podem também nos colocar com saias e de volta à cozinha. Elena relembrou que outras modificações, como a linha de três pontos mais próximas, não foram consideradas degradantes.
Porém, a ideia é considerável inviável por questões logísticas. Ainda que seja boa. A ex-jogadora e comentarista Hortência diz ser impossível mudar algo que mexe com a estrutura física do esporte, pois isso não alcançaria todo o mundo.
– O basquete é um dos esportes que mais mexem nas regras, e isso é bom. Essa ideia é maravilhosa, mas não tem como fazer. Não teria tabelas móveis para podermos ensinar a meninos e meninas. Ficaria injusto, pois privilegiaria apenas alguns países que pudessem construir quadras com as duas opções – diz.
O técnico da seleção brasileira de basquete, Antônio Carlos Barbosa, segue a linha de raciocínio de Hortência.
– Avalio como inviável, apesar de ser tecnicamente bom, visto que no vôlei a rede já é mais baixa. Mas o problema é estrutural – afirma.
Para o técnico de Delle Donne, Chapman acredita que o jogo está bom do jeito que é.
– Eu não sou um defensor dessa ideia, mas sempre ouço os dois lados. Acho que quando ela propôs isso ficou surpresa com o tamanho de repercussão que teve – analisa.