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Ponto mágico, tabus, vida sem Suárez: o que está em jogo em Brasil x Uruguai

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A partida entre Brasil e Uruguai na noite de quinta-feira, em Montevidéu, reúne líder e vice-líder das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018. Ou seja, são as duas seleções que, hoje, estão mais próximas do Mundial na Rússia. No caso do Brasil, uma vitória ou até um empate fora de casa representa chegar à pontuação que a comissão técnica considera necessária para garantir vaga.

Seleção brasileira – 22.03

Não só o desempenho nas eliminatórias aproxima as duas seleções. O craque Neymar e o treinador uruguaio Óscar Tabárez buscam superar tabus particulares no confronto. No caso do Uruguai, a missão é dificultada pela ausência de Luis Suárez, que colocará à prova os substitutos do centroavante.

Veja o que está em jogo para Brasil x Uruguai nesta quinta-feira:

PONTO MÁGICO

A comissão técnica liderada por Tite calcula que 28 pontos é o mínimo necessário para garantir vaga na Copa do Mundo. A conta é feita com base na pontuação atingida pelas seleções que terminaram na quarta posição (a última que dá vaga direta, sem repescagem) nas últimas eliminatórias.

O Brasil lidera as eliminatórias até aqui, com 27 pontos. Ou seja, até um simples empate em Montevidéu encaminharia a classificação de vez, nas contas de Tite & cia. O Uruguai é o vice-líder, com 23.

O PRIMEIRO GOL DE NEYMAR

Neymar não anotou gols contra o Uruguai pela seleção principal. O craque brasileiro disputou duas partidas contra os uruguaios: semifinal Copa das Confederações de 2013, vencida pelo Brasil por 2 a 1, e no primeiro turno das eliminatórias da Copa de 2018, que terminou com empate por 2 a 2. O atacante ficou em campo por 90 minutos em ambas as ocasiões e passou em branco.

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Se ainda busca seu primeiro gol no confronto pela seleção principal, o histórico do próprio Neymar contra os uruguaios serve de inspiração. No Sul-Americano sub-20 de 2011, última competição de Neymar com a seleção de base, ele balançou a rede duas vezes na goleada por 6 a 0 sobre o Uruguai que garantiu o título.

Além disso, na final da Libertadores de 2013 pelo Santos, contra o uruguaio Peñarol, Neymar marcou o gol que abriu caminho para a vitória do time brasileiro por 2 a 1, que valeu o título no Pacaembu.

TABU DE ÓSCAR TABÁREZ

É uma ocasião especial para o técnico uruguaio: contra o Brasil, Tabárez completará 168 jogos à frente do Uruguai, tornando-se o treinador que mais vezes dirigiu umas mesma seleção.

Para a festa ser completa, no entanto, Tabárez terá que derrubar um tabu: ele nunca venceu a seleção brasileira em duas passagens pelo Uruguai. A primeira foi entre 1988 e 1990, e a segunda começou em 2006. Em entrevista coletiva antes do jogo, o treinador minimizou o tabu:

– Nem falo disso com eles (jogadores). O Brasil é muito importante, mas a vida não começa ou termina com o Brasil – disse Tabárez.

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O TESTE DE FOGO SEM SUÁREZ

Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o atacante do Barcelona e principal jogador da seleção uruguaia não poderá entrar em campo contra o Brasil. As ausências de Luis Suárez não são exatamente incomuns para o Uruguai. Punido por uma mordida em Chiellini, da Itália, na Copa do Mundo de 2014, Suárez só voltou a disputar jogos oficiais pela seleção em março de 2016.

A volta ocorreu justamente contra o Brasil, pelo turno das eliminatórias, e Suárez balançou a rede no empate por 2 a 2 em Pernambuco. Sem ele, a vaga no ataque ao lado de Cavani, artilheiro do PSG, deve ficar com o jovem Diego Rolan, de 23 anos, que defende o Bordeaux, também no futebol francês. Ele foi a principal escolha de Tabárez durante a suspensão de Suárez. Abel Hernández, centroavante do Hull City (ING), corre por fora.

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Na ausência de Suárez, o Uruguai teve campanhas decepcionantes nas Copas América de 2015 e 2016 (nesta última, ele ficou fora por lesão), mas se virou bem em outras frentes.

O desempenho em amistosos não foi ruim: seis vitórias, com direito a gol de Rolan contra o Chile em 2014, e só uma derrota. Rolan e Abel Hernández se alternaram como titulares nos quatro primeiros jogos das eliminatórias, quando o Uruguai teve três vitórias e uma derrota.