Um ano que virou de cabeça para baixo com a pandemia do coronavírus. Todo o planejamento precisou ser mudado de forma abrupta. Mas, mesmo assim, a temporada de 2020 foi melhor do que se desenhava em março, quando o calendário da Copa Truck teve provas adiadas em função dos protocolos impostos pelos órgãos de saúde de prefeituras, governos estaduais e do Ministério da Saúde. Essa é a opinião do paulista Fábio Fogaça, da equipe FF Motorsport/Quartzolit/Brasilit/Kraucher.
A temporada só começou em junho, em Cascavel, de forma bem diferente. Sem público, distanciamento social e equipes com número reduzido de técnicos. Mas, no encerramento, neste mês, em Interlagos (SP), ficou a certeza de que, mesmo diante de tantas dificuldades, o campeonato foi competitivo.
Fábio Fogaça destaca que, para ele, a temporada foi de superação dentro e fora das pistas. Nas pistas, realizou um trabalho de desenvolvimento do Protótipo, que mostrou evolução a cada etapa e encerrou o ano andando no pelotão do meio do grid, mesmo tendo motor mais fraco do que seus adversários. “O regulamento nos penaliza em 200 quilos em relação ao ano passado. Mas, mesmo assim, fizemos boas provas”, enfatiza Fábio.
Fora das pistas, conseguimos formar uma equipe de trabalho muito competente e nossas parcerias foram mantidas mesmo com a pandemia. Realizamos ações de marketing em todas as cidades em que a Copa Truck se apresentou, aproximamos o público da categoria e fortalecemos a marca de nossos patrocinadores. Mas a maior superação foi a doença do meu pai, que, com covid-19, ficou 21 dias internados, 15 deles na UTI. Sua ausência foi sentida na etapa de Curitiba, mas, graças a Deus, ele superou a doença e voltou aos boxes em Interlagos. Já estamos nos preparando para 2021”, completa Fábio Fogaça.
Foto: Vanderley Soares
Eleição da CBA
A eleição da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) está marcada para 15 de janeiro e até agora pouco se debateu que mudanças pilotos e dirigentes querem. As federações do Nordeste, com apoio de Santa Catarina, se fecharam em um casulo em apoio a Giovanni Guerra, do Maranhão. Milton Sperafico, do Paraná, conta com o apoio das federações do Sul (exceto Santa Catarina), do Sudeste, do Centro-Oeste (exceto Tocantins) e do Pará (região Norte). Também conta com o apoio da maioria dos pilotos. Fala-se em 95% daqueles que estão ou estiveram nas pistas. Mas muitos presidentes de federações se negam a seguir a opinião dos pilotos, que querem mais atenção da entidade e mudanças administrativas.
Rali Dakar
Em função da descoberta de uma mutação do coronavírus no Reino Unido, a Arábia Saudita, que sediará o Rali Dakar de 2021, fechou as fronteiras aéreas e terrestres. O rali começa no dia 3 de janeiro e, se até lá a situação não melhorar ou os sauditas derem autorização especial para a chegada de pilotos e de toda a estrutura do evento, o Rali Dakar deverá ser adiado.