Presidente da Federação Inglesa de futebol, Greg Clarke, admitiu nesta segunda-feira que a hipótese de um jogador gay sair do armário na Premier League permanece improvável, devido aos riscos de perseguição e ofensas dos torcedores.
Diante de um comitê do Departamento de Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido, Clarke – que assumiu o cargo há apenas cinco semanas – disse que ficaria surpreso se não houver um único jogador gay na Premier League e que se sentia “envergonhado” pelo fato de que nenhum deles jamais tenha se sentido à vontade para revelar sua sexualidade.
– Creio que haveria ofensas significativas. Não acho que já tenhamos corrigido o problema da homofobia no futebol.
Até hoje, apenas dois jogadores ingleses revelaram suas homossexualidades: Justin Fashanu, que o fez já na aposentadoria e se enforcou três anos depois, em 1993, e Liam Davis, que atuava numa liga inferior do Norte da Inglaterra.
Clarke afirmou ao comitê que atacará os torcedores homofóbicos como “uma tonelada de tijolos”.
– Uma vez que tal comportamento se torne socialmente inaceitável, ele será varrido do jogo – afirmou o CEO.
Ativistas de ONGs de direitos LGBT receberam as declarações com reservas, segundo o jornal “Independent”, afirmando que “já ouviram promessas semelhantes”.