O ministro de Obras Públicas da Bolívia, Milton Claros, anunciou neste domingo que irá abrir um processo contra a LaMia, proprietária do avião que se acidentou ao transportar a delegação da Chapecoense e jornalistas para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Claros também disse que uma investigação será iniciada, com prazo de 10 dias, para determinar em que situação a Diração Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) do país autorizou a empresa a fazer exploração aérea.
A autoridade acrescentou que encontrou evidências de possíveis violações de direitos, quebra de controle interno, e, possivelmente, uso indevido de influência e omissão.
O ministro disse que há a possibilidade de haver conflito de interesses e um possível tráfico de influência, diante das relações diretas entre um servidor da DGAC com um gerente da LaMaia. Por isso decidiu tomar as medidas de iniciar uma investigação.
– Nos chama muito a atenção que exista uma relação entre servidores e esta companhia aérea. Vamos fundo neste assunto. Para descobrir que tipo de relação é essa. E vamos iniciar as ações criminais e civis que lhes correspondam. Estamos entrando com um processo como Governo contra a empresa LaMia e seus funcionários – informou Claros.
De acordo com as suspeitas, o diretor de registro da DGAC, Gustavo Steven Vargas, seria filho de Gustavo Vargas, diretor geral da LaMia e ex-piloto do grupo aéreo da presidência.