O Comitê Olímpico Internacional (COI) destacou, em seu site oficial, a história da judoca carioca Rafaela Silva como símbolo da luta contra o racismo. Nesta terça-feira, o comitê celebra o Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e outras entidades internacionais.
Rafaela foi citada pelo COI como representante do triunfo contra a discriminação racial. Nascida na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, a judoca deu seus primeiros passos no esporte através do Instituto Reação, ONG fundada pelo também judoca Flavio Canto. Depois de ser vítima de comentários racistas após uma performance aquém do esperado em Londres-2012, Rafaela foi campeã mundial de judô no ano seguinte e atingiu a consagração definitiva nos Jogos do Rio-2016, quando conquistou o ouro no Parque Olímpico.
Depois do episódio de racismo pós-Londres, Rafaela chegou a ficar quatro meses sem vestir o quimono, segundo seus treinadores. Mas retomou o esporte e chegou ao auge da carreira, em uma trajetória citada pelo COI como ?um triunfo maravilhoso para a capacidade do esporte de transformar vidas?.
? Praticar esportes, sem discriminação de qualquer tipo, é um direito humano e princípio fundamental do movimento olímpico ? afirmou o presidente do COI, Thomas Bach.