Jorginho não é mais o técnico do Vasco. Em reunião com a diretoria do clube na tarde desta segunda-feira, ficou decidida a saída do treinador. Com ele saem o auxiliar Zinho e o preparador físico Joelton Urtiga. O presidente Eurico Miranda convocou entrevista coletiva para 16h.
TABELA: Veja como foi a campanha do Vasco na Série B
O treinador sofreu bastante pressão durante o segundo turno da Série B do Campeonato Brasileiro, quando o time teve forte queda de rendimento e passou de líder incontestável a ameaçado de não subir para a primeira divisão. O acesso de volta à elite só foi confirmado na última rodada, em jogo dramático contra o Ceará, no Maracanã lotado, sábado passado (vitória por 2 a 1).
Jorginho assumiu o comando do time do Vasco no fim de 2015. Foi um dos responsáveis pela reação nas últimas rodadas que quase evitou o terceiro rebaixamento do clube em oito anos. No primeiro semestre de 2016 conquistou o bicampeonato carioca e manteve a equipe invicta por mais de 30 jogos.
Mas a fase ruim e os maus resultados do meses finais do ano deixaram o treinador em situação difícil, sendo bastante contestado por boa parte da diretoria, inclusive Euriquinho, filho do presidente. Quem o manteve no cargo foi Eurico Miranda, que, embora depositasse confiança no trabalho até o final, ouvia muitas queixas sobre o rendimento do time e também reclamava.
A definição, sem demora, do futuro do treinador é crucial para outra resolução igualmente importante: a montagem do elenco que disputará a Série A. Jorginho avaliou, após a vitória sobre o Ceará, que a média de idade avançada da equipe pode ter criado dificuldades na parte física, especialmente no fim do campeonato. Há jogadores acima de 30 anos, como os contestados Diguinho (33) e Jorge Henrique (34), que têm contratos longos, ao menos até o fim de 2017.
Em alguns casos, as opções de Jorginho para posições críticas eram jogadores extremamente jovens. Na lateral esquerda, por exemplo, a alternativa ao criticado Júlio César, de 34 anos, era o prata da casa Alan Cardoso, de apenas 18. Jorginho indicou que é necessário, para o próximo ano, buscar um equilíbrio maior entre experiência e juventude.