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Invicta desde 2006, seleção brasileira de futebol de 5 estreia sexta

Campeã de todas as competições no último ciclo paralímpico, única vencedora da modalidade nos Jogos (a primeira edição foi em Atenas, em 2004) e invicta desde 2006, a seleção brasileira de futebol de 5 (para cegos, com exceção do goleiro) estreia nesta sexta, contra Marrocos, às 9h, na quadra 1 do Centro de Tênis. Paralimpíada ESPORTE 08/09

Para o ala defensivo e central Cássio Reis, a equipe não poderia ter chegado em momento mais favorável à primeira Paralimpíada da América do Sul.

– A gente veio numa crescente nos últimos quatro anos, resultados excepcionais, em competições oficiais e extra-oficiais, graças a Deus conseguimos o melhor resultado em cada uma delas. Viemos lapidando desde o final de 2013 para chegarmos na Paralimpíada no nosso melhor. Conquistamos tudo o que foi possível e chegamos bem preparados – garante.

Entre os títulos no último ciclo paralímpico, destaque para a Copa América de 2013, o Mundial do Japão, no seguinte, e o Parapan, no Canadá, na temporada passada. Segundo Reis, ser o time a ser batido está longe (mas bota longe nisso) de ser um problema.

– É um gás a mais defender a nossa hegemonia, motivo de extremo orgulho. Não temos dúvida de que a torcida vai ajudar bastante, vai ser a cereja do bolo. Estamos preparados, tudo está acontecendo da melhor maneira possível, agora só depende de nós colocarmos em prática tudo o que produzimos nesses últimos quatro anos – aposta.

Enorme favoritismo à parte, o ala, de 27 anos, vê perigo no adversário de estreia:

– É uma seleção que vem para brigar, vem crescendo ano após ano. Eles fizeram um desafio contra a gente em junho, jogo muito forte, muito bom. Eles têm dois jogadores que se destacam e um atacante muito bom de bola. A gente vai focado e sabendo que Marrocos não é um time bobo. Eles vêm pra cima pra tentar a vitória. Então, temos que nos cuidar bastante e tentar pôr em prática nosso futebol.

É um gás a mais defender a nossa hegemonia, motivo de extremo orgulhoBaiano de Ituberá, Cássio perdeu a visao em 2004, aos 14 anos, após sofrer descolamento da retina direita e de catarata no olho esquerdo.

– Naquele mesmo ano cheguei a Salvador e tive a felicidade de conhecer o futebol no Instituto de Cegos da Bahia. Em 2005, comecei a praticar e, em 2006, disputei minha primeira competição, um regional. Depois, joguei um Brasileiro Série B, que nos deu acesso à Série A. Lá, tive a felicidade de conhecer o então técnico da seleção brasileira, o Pádua, e partiu dele minha primeira convocação, em 2008 a estrutura do técnico da seleção brasileira, e pertiu dele a minha primeira convocação. Daí pra frente venho produzindo cada vez minha história aqui na seleção.

PAIXÃO ANTIGA PELO FUTEBOL

A paixão de Cássio pelo futebol veio antes mesmo antes de ficar cego:

– Batia uma bolinha antes, mas nada que me fizesse acreditar que seria um grande jogador um dia. Isso só aconteceu depois de eu ter perdido a visão, foi algo que foi cada vez mais forte na minha vida, acreditei que seria possível e, graças a Deus, estou aqui hoje.

Em relação ao time tricampeão paralímpico em Londres, a principal novidade na seleção é o técnico, Fabio Vasconcelos, goleiro na conquista na capital britânica.

– A chegada do Fábio foi ótima, ele conhece todos nós muito bem – elogia Cássio.7827949702_4f09b90ccf_k.jpg