A seleção brasileira masculina de goalball começou a Paralimpíada com vitória. Na manhã desta quinta-feira, o Brasil venceu a Suécia por 9 a 6, na Arena do Futuro. Ao contrário da Olimpíada, onde a arena era uma das mais barulhentas dos Jogos (sediou as partidas de handebol), o silêncio predominou na estreia do goalball. Mas por um bom motivo: os jogadores, todos com cegueira total ou parcial (categorias B1, B2 e B3), se guiam pelo barulho do guizo. Além disso, para igualar os diferentes tipos de deficiência visual, todos os atletas atuam com vendas nos olhos.
O sistema de som pedia o silêncio na arena e a torcida atendia. Mas durante os intervalos, o público, que foi chegando ao longo do jogo, assim como acontecia nas partidas do handebol (principalmente pelas sempre problemáticas filas de acesso ao Parque Olímpico e à arena), dava um jeito de apoiar o time da casa. Seja com tímidos aplausos ou gritos mais tradicionais, sempre nos intervalos das jogadas.
– Nunca tinha jogado com tanta torcida assim. O coração até bateu mais forte. Quanto aos pedidos de silêncio, isso é normal no goalball. Mas nossa torcida tem mais é que vibrar mesmo. Porque eles querem nos ajudar – comentou Leoman, autor de cinco gols no jogo.
O Brasil abriu logo 2 a 0 no placar, com Leoman. A Suécia diminuiu: Seremeti. Mas Leoman, de pênalti, fez mais um para a seleção brasileira. Ainda na etapa inicial, Leoman fez mais um. E Romario ampliou para 5 a 1.
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Logo no início do segundo tempo, o Brasil teve mais uma penalidade a seu favor. Alexsander marcou, 6 a 1. Também de pênalti, os suecos descontaram para 6 a 2. Faltando seis minutos para o fim, Josemarcio aumentou para 7 a 2. Bjoerkstrand diminuiu para 7 a 3. A Suécia ensaiou uma reação, com o mesmo Bjoerkstrand, de pênalti, 7 a 4. Ele, de novo, marcou mais um, colocando fogo no jogo, 7 a 5. Aí a torcida não aguentou: durante uma substituição, passou a gritar “Brasil, Brasil”.
Leoman, de pênalti, faltando dois minutos para o fim, anotou seu quinto gol na partida e deu alívio ao time verde e amarelo no placar: 8 a 5. A Suécia descontou novamente, com Bjoerkstrand, 8 a 6. Mas, perto do fim, a torcida já sentia que a vitória estava garantida. Teve até uma “ola” durante outra substituição. Josemarcio, aniversariante do dia, ainda teve tempo de fazer mais um: 9 a 6.
Após o apito final, Josemarcio, que completou 21 anos, foi jogado para o alto pelos companheiros.
– Foi muito emocionante comemorar meu aniversário com essa vitória. Ainda mais fazendo gols – disse o atleta.
