A seleção feminina de futebol do Brasil emplacou na estreia, contra a China, mais do que uma simples vitória. No Engenhão com bom público e comandada pelo técnico Vadão, a equipe que tem em Marta, cinco vezes eleita a melhor do mundo, sua maior estrela deu um recado a todas as rivais. A mensagem nos 3 a 0 sobre a China foi clara: o time – medalha de prata em duas oportunidades – joga em casa para ser campeão olímpico.
O resultado contra as chinesas foi construído com, autoridade. O Brasil criou pelo menos duas grandes oportunidades de gol, até abrir o placar, aos 35 minutos do primeiro tempo, com gol de cabeça de Mônica: 1 a 0. Na segunda etapa, aos 13 minutos, Andressa ampliou a vantagem brasileira para 2 a 0, após receber passe de Marta. Nos acréscimos, Cristiane, a maior artilheira do futebol das Olimpíadas, aproveitou cruzamento da esquerda e cabeceou antes de a goleira chegar na bola para fazer 3 a 0.
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Marta, aliás, não teve uma de suas atuações mais brilhantes, mas participa bem do jogo, apesar da forte marcação. Aos 20 do segundo tempo ela fez uma jogada característica: driblou adversárias na entrada da área, em velocidade, e bateu de canhota, mas a goleira chinesa fez uma grade defesa.
A seleção brasileira joga melhor do que a China e pressiona desde os primeiros minutos. A torcida apoia o tempo todo, vaiando a China quando a equipe adversária está com a bola. A goleira brasileira, Bárbara, é mera espectadora da partida.
Mais cedo, no mesmo estádio e pelo mesmo grupo E, a Suécia derrotou a África do Sul por 1 a 0.
O Engenhão recebeu pouco público no jogo entre suecas e sul-africanas, mas a plateia aumentou na medida em que o jogo do Brasil se aproximava. A ocupação é de cerca de 60% a 70% do estádio. Quando a seleção brasileira foi ao gramado para iniciar seu aquecimento, a torcida fez muita festa. Nas arquibancadas, predominavam as camisas amarelas.