Buenos Aires – A Conmebol escolheu o estádio Santiago Bernabéu, em Madri, como a sede do segundo jogo da final da Copa Libertadores, no dia 9 de dezembro. Decisão esta que desagradou as duas partes envolvidas na disputa pelo título. Por diferentes razões, tanto River Plate quanto Boca Juniors se manifestaram contrariamente à opção pela cidade europeia.
Os dois clubes se pronunciaram publicamente contra a partida no campo do Real Madrid, em anúncio feito na tarde de quinta-feira pela Conmebol.
Pelo lado do Boca Juniors, sustenta-se a opção por não entrar em campo. O clube acionou o braço jurídico da Conmebol e promete até recorrer à Corte Arbitral do Esporte para conquistar os pontos da partida que seria disputada no Monumental de Nuñez. Consequentemente, ficaria com o título.
“O clube [Boca] insiste que, havendo ficado certificado com provas conclusivas o brutal ataque ao ônibus da equipe sofrido no último dia 24 de novembro de 2018, nas imediações e até o portão de entrada do Estádio Monumental, não cabe outra sanção que a solicitada nas nossas apresentações”, disse o Boca Juniors em comunicado, prometendo “esgotar todas as vias jurisdicionais”.
Igualdade esportiva
O River Plate, por outro lado, apegase ao princípio da “igualdade esportiva”, tão repetido pela Conmebol para adiar a partida no último fim de semana. O argumento é que o atuou diante do torcedor do Boca em La Bombonera, no empate por 2 a 2, e agora não atuará em casa e com a torcida toda ao seu favor. “O Clube Atlético River Plate informa que realizará os procedimentos legais e as apelações pertinentes em relação à transferência de sede disposta sobre o jogo final da Libertadores 2018, a sanção econômica e a proibição de disputar com público dois jogos oficiais organizados pela Conmebol", reclamou o clube, que foi multado em 400 mil dólares e terá de disputar dois jogos com portões fechados em 2019.