Medalha de bronze na esgrima de cadeira de rodas da Paralimpíada do Rio, o polonês Adrian Castro, de 26 anos, precisou enfrentar uma situação ? no mínimo? engraçada durante os Jogos. Na disputa pelo terceiro lugar no pódio, na última segunda-feira, ele enfrentou o próprio sogro, Grzegorz Pluta. Com a vitória sobre o pai de sua noiva, Adrian ganhou também a conta do casamento.
?Ele acabou de conquistar o bronze. Com o valor do prêmio, vai poder pagar pelo casamento?, disse Pluta, que chegou ao Rio defendendo o ouro de Londres-2012.
Tentando “se livrar” da conta do casório, Adrian argumentou que fez uma aposta com o sogrão antes do duelo:
?Antes da luta nós combinamos que o perdedor pagaria pelo casamento?, tentou Adrian.
Mas não adiantou…
?Nada disso. Eu acabei de perder uma medalha de bronze. Quem ganhou o dinheiro foi ele?, retrucou Pluta.
Número 1 do ranking mundial da esgrima de cadeira de rodas, Castro era um dos favoritos ao título paralímpico no Rio, mas na semifinal, na Arena Carioca 3, foi superado pelo ucraniano Anton Datsko, tetracampeão mundial, que conquistou o ouro. A prata ficou com o grego Panagiotis Triantafyllou.
O relacionamento entre Castro e a filha de Grzegorz começou há quatro anos, quando ela acompanhou alguns treinos do pai. A união familiar entre o veterano e o jovem em ascensão ajuda na carrreira dos dois atletas.
“Treinamos juntos todos os dias, nos conhecemos bem. No Mundial de 2015, já tínhamos nos enfrentado. E eu tinha vencido também?, contou Adrian.
O ouro do sabre categoria b foi justamente para o ucraniano algoz de Castro. A prata ficou com o grego Panagiotis Triantafyllou.